Depende.
Para a doutrina pátria e o posicionamento atual do STF (ADI-815), quando se tratar de normas constitucionais decorrentes do poder constitucional originário (que é inicial - porque inaugura uma nova ordem jurídica, ilimitado - não se encontra limitado por qualquer outro poder ou documento jurídico, entretanto, a doutrina moderna defende que há limitações decorrentes do direito natural, culturais e/ou sociológicas, incondicionado - inexiste condições pré-determinadas para seu exercício, instantâneo - pode ser exercido a qualquer momento a depender da vontade do povo, permanente ou latente - não se exaure quando exsurge a nova constituição, encontrando-se no seio do povo para ser exercido a qualquer momento, inalienável - não pode ser objeto de alienação, e especial - exsurge com único propósito: elaboração de nova constituição), não há controle de constitucionalidade entre estas normas, eventual conflito deverá ser solucionado por técnicas de hermenêutica jurídica (proporcionalidade, ponderação, unidade da constituição, força normativa, máxima eficácia etc), salvaguardando a coexistência das normas constitucionais.
Nossa CF, por outro lado, admite que novas normas constitucionais sejam inseridas ou alteradas as já existentes (exceto as acobertadas por cláusula pétrea), em razão do Poder Constituinte Reformador (art. 60, CF), às quais, apresentam limitações e condições para serem criadas e possam ingressar no ordenamento jurídico constitucional, circunstâncias que se não forem observadas permitem que eventual proposta de emenda ou emenda seja objeto de controle de constitucionalidade.
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