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Quais são os critérios para utilização do principio de menor onerosidade, dentro do processo execução de sentença?

💡 3 Respostas

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jessica novais

Menor onerosidade

É o princípio mais importante da Teoria Geral da Execução e nos remete, mais uma vez, à ideia de que a execução não é vingança privada. Isso significa que a execução não se presta a espoliar o devedor. Sempre, portanto, que for possível cumprir a obrigação por mais de uma forma, o juiz deve escolher a menos onerosa.

Essa ideia de menor onerosidade se aplica tanto às medidas de execução direta, quanto às medidas de execução indireta.

Ex.: No patrimônio do devedor encontram-se dois bens imóveis passíveis de penhora. Um deles está locado, recebendo, o devedor, portanto, frutos, rendimentos destinados à sua sobrevivência, e um outra que não está locado.

É possível penhorar qualquer um dos dois imóveis. O magistrado, valendo-se da menor onerosidade, determinará que a penhora recaia sobre o aquele bem que não tem frutos e rendimentos, sob pena de uma onerosidade excessiva ao executado.

A mesma ideia se aplica aos meios de pressão psicológica. Isso significa que se a força policial, por exemplo, for suficiente a que o inquilino desocupe o imóvel diante de uma sentença de despejo, não há necessidade de impor outras medidas coercitivas.

O art. 805, que trata da menor onerosidade, tem um parágrafo único introduzido pelo NCPC, que determina ao executado que, na sua manifestação de defesa alegou excessiva onerosidade, o ônus de indicar qual seria o meio menos gravoso é do próprio executado.

CPC/15, art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.

Indicado o meio menos oneroso, substitui-se o meio executivo; se não indicado, a defesa será tida como ineficaz nesse item.

 

Disponível em: https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/459425469/teoria-geral-da-execucao-no-novo-cpc

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Daniela Teixeira

A execução deve obedecer o princípio da menor onerosidade, não podendo ser utilizada como meio de vingança, mas devendo assim o executado sofrer apenas o necessário para que se consiga a satisfação do direito do exequente.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

O princípio busca proteger o executado, mas sem causar danos exequente, razão pela qual determina o novo CPC que somente ocorrerá quando houver pluralidade de meios que possibilitem a execução.

Assim, havendo vários meios de satisfazer a pretensão executiva, o juiz determinará que se faça pelo menos gravoso (menos oneroso, menos danoso) ao executado, mas caberá a este executado, quando alegar que a medida é excessivamente gravosa, indicar outros que sejam tão eficazes quanto ou mais que, mas que lhe sejam menos gravosos.

Exemplificando, o imóvel onde o fiador reside com sua família não é protegido pelo bem de família, razão pela qual pode ir a leilão para satisfazer crédito do locador. Se o fiador, já em fase de execução de uma dívida de R$ 100 mil possui como meio de satisfação apenas o apartamento onde reside, sobre ele deverá recair as medidas legais, mas se dispuser da quantia em espécie ou um carro que possa suprir a obrigação ou mesmo uma casa de praia, então deverá indicar ao juízo que estiver processando a execução.

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