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Direito Civil 2

O condomínio do edifício “Vila Estácio”, precisando de dinheiro, resolveu cobrar as cotas condominiais em atraso da unidade nº 1001, no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), de propriedade de Miguel e Vítor. Como advogado do condomínio, como você procederá?

💡 2 Respostas

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Tiago Souza Roriz

Para dar início a execução será necessário para instruir a petição inicial, o título de propriedade, ata de eleição do sindico, planilha da dívida que poderá incluir valor principal, juros, multa e correção monetária, ata contendo a previsão orçamentária com a devida fração e valor destinado a cada unidade e segunda via dos boletos em aberto, em suma, todos os documentos comprobatórios da dívida.

O credor, seja o sindico (que representa o condomínio) ou a administradora do condomínio, outorgando poderes ao advogado, já pode ingressar com a ação de execução, pois as dividas referentes as cotas condominiais passaram a valer como titulo executivo extrajudicial.

Bem, muitas pessoas ficaram assustadas com a hipótese de ter que pagar a divida em apenas 3 dias, esse pagamento se dá após o devedor ser citado, como o rito é o da execução, somente a partir desse momento, por conta do artigo 784, X do CPC, é que o devedor terá apenas esses 3 dias para pagar a dívida ou nomear bens à penhora, caso não tenha condições de arcar com o montante ou, caso não indique bens dentro desse prazo é o bem que acarretou a dívida que será penhorado, ou seja, o próprio imóvel! E veja bem, mesmo que seja bem de família ou o único imóvel do devedor, este poderá sim ser penhorado! Para a ministra Nancy Andrighi, a possibilidade da execução da dívida recair sobre a unidade condominial que gerou a divida já é pacifico: “É firme entendimento do STJ no sentido de que o imóvel, conquanto se trate de bem de família, sujeita-se à penhora em execução de dívida decorrente do inadimplemento de cotas condominiais.”

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

Ajuizaria ação executiva autônoma, que prescinde de fase de conhecimento e permite a execução direta dos chamados títulos executivos extrajudiciais, desde que documentalmente comprovado o débito a ser executado. Esse é o tratamento dado para cotas condominiais pelo Novo CPC:

"Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

[...]

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;"

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