Vamos, primeiramente, pela caracterização do que vem a ser o DOLO. Pois bem, seguindo a doutrina de Cesar Roberto Bitencourt, DOLO é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal, ou, na expressão de WELZEL, "dolo, em sentido técnico penal, é somente a vontade de ação orientada a realização do tipo de um delito (Welzel, Derecho Penal alemán, cit., p. 95)". O DOLO, puramente natural, constitui o elemento central do injusto pessoal da ação, representado pela VONTADE CONSCIENTE de ação dirigida imediatamente contra o mandamento normativo.
Para o nosso Direito Penal, um crime é considerado doloso " quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo" (art.18,I). Essa previsão legal equipara dolo direito e dolo eventual, o que não impede, contudo, que o aplicador da lei considere sua distinção ao fazer a dosimetria penal.
Na República, usa-se para alguns a Teoria Finalista, ou seja, a teoria de Hans Welzel em meados do século XX, sendo que a teoria finalista concebe a conduta como comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim. Porém a teoria mais moderna, a do Funcionalismo teoria a qual ganharam força a partir da década de 70, pois visam uma nova missão do direito penal, tendo como expoentes Claus Roxin (Funcionalismo Moderado) e Gunter Jakobs ( Funcionalismo Sistêmico), também conhecido como DIREITO PENAL DO INIMÍGO.
Exemplo : Art. 121. Matar alguém.
O verbo é matar, porém, seguindo a teoria finalista, o autor tem de querer, desejar e externar essa vontade, se assim o fizer, ter-se-á, DOLO, do contrário, será o Crime Culposo.
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