A pílula do dia seguinte age de três maneiras: ela impede que o óvulo seja liberado, reduz os movimentos das tubas uterinas (que servem para transportar o óvulo e também são chamadas de trompas de Falópio) e descama o útero para impedir que um óvulo fecundado se implante. Essas ações reduzem significativamente o risco de gravidez, já que sem óvulo, ou com o óvulo não alcançando o útero, não há como gerar um embrião.
Vale lembrar que a pílula não tem efeito cumulativo, portanto, se houver outra relação sexual desprotegida após o uso da pílula, as chances de gravidez são as mesmas de quem não usou o medicamento. É bom prestar atenção nos métodos anticoncepcionais disponíveis.
Ela pode inibir ou apenas atrasar a ovulação. Isso acontece porque esse hormônio atrasa a movimentação das tubas, que é por onde o óvulo vai do ovário ao útero em encontro ao espermatozoide – e o espermatozoide vem do útero pela tuba ao encontro do óvulo. Com isso, ela também dificulta a penetração do espermatozoide no muco cervical, já que a progesterona altera a consistência do muco, tornando o ambiente hostil ao espermatozoide.
O muco cervical é um fator importante na fecundação (ou não) do óvulo, que reflete diretamente as variações hormonais. Tanto que, para quem usa anticoncepcional, a consistência já é diferente de que não usa. “O muco tem como uma de suas funções normais tornar a travessia do espermatozoide ao encontro do óvulo mais fácil. E em quem usa métodos hormonais, essa combinação deixa o muco mais espesso e dificulta o trânsito dos espermatozoides por ele”, elucida a médica.
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