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Atualmente, como se vislumbra os direitos das Empregadas Domésticas?

A lei mudou, e então como estão sendo postos esses direitos, relacionados a tais verbas rescisórias, fgts, as que eram contratadas antes dessa lei, passou a valer. Do momento que a lei entrou em vigor em diante, ou funcionando ex tunc.

💡 3 Respostas

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Romário Silva

Para os direitos garantidos as empregadas domésticas após a emenda constitucional recente os efeitos são ex nunc, ou seja, só começam a valer após a publicação da EC. Tais direitos estão no art. 7º, último paragráfo.

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Pedro Mercadante

A nova lei das domésticas, que também inclui os demais trabalhadores de casa, como: jardineiros e babas, ampliou os direitos desses trabalhadores. 

A nova lei manteve todas as obrigadões e direitos conferidos a estes trabalhadores com a EC 72 de 2013, direitos como: anotação na CTPS, salário mínimo como piso salarial, 13º proporcional, férias remuneradas, licença maternidade, etc. 

A nova lei ampliou os direitos das domésticas, agora o empregador é obrigado em realizar o recolhimento do FGTS, a jornada de trabalho está limitada à 44 horas semanais, tendo como limite oito horas diárias, indenização em caso de demissão sem justa causa, etc. 

Quanto aos efeitos da nova lei esses são ex nunc, ou seja, são para o futuro. 

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viviane barbosa faustino ferreira de santana

O Trabalhador doméstico é configurado como especial, haja vista o seu tratamento diferenciado na

Constituição que prevê os seus direitos no Parágrafo Único do artigo 1:\o também peia regulamentação

infraconstitucional que é realizada em lei específica (5859/72).

CRFB/88

Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua

condição social:

 

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos

previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV. XVI, XVII, XVIII, XIX. XXI, XXII, XXIV, XXV!,

XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a

simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,

decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos !, II, III, IX,

XII,JKXV e XXVIII, bem corng_a sua integração ã previdência social. j

Conceito:

Artigo 1" da lei 5859/72, qual seja: É toda pessoa física, maior de 18 anos que presta serviço contínuo

(frequente, constante), subordinada, pessoal e oneroso para pessoa ou família, em âmbito residencial e no

exercício de aíividades sem fins lucrativos.

• Doméstico - Aquele que presta serviços de natureza continua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou a

família no âmbito residenciajjdestas (Lei 5859/72).

Deste conceito, destacamos os seguintes elementos:

• Prestação de serviço de natureza não lucrativa;

• À pessoa física ou à família, no âmbito residencial das mesmas;

• Continuadamente.

Assim, o traço diferenciador do emprego doméstico é o caráter não económico da atividade exercida no

âmbito residencial do empregador.

Nesses termos, integram a categoria os seguintes _trabalhado_r_gs:

Empregado, cozinheiro, governanta, babá, lavadeira, faxineiro, vigia, motorista particular, jardineiro,

acompanhante de idosos, dentre outras. O caseiro também é considerado trabalhador doméstico, quando o sítio ou

local onde exerce a sua atividade não possui finalidade lucrativa.

DIREITOS TRABALHISTAS

Com a aprovação da Emenda Constitucional n° 72, que ocorreu em 02/04/2013, o empregado doméstico

passou a ter novos direitos. Alguns deles independem de regulamentação e, por este motivo, entraram em vigor

imediatamente, incorporando-se àqueles já previstos anteriormente na Constituição e em leis esparsas. Outros

ainda dependem de regulamentação, o que deve ocorrer com a publicação de uma lei específica, cujo projeto está

em discussão no Congresso Nacional.

Outros direitos estendidos ao empregado doméstico só se tornarão efetivos após regulamentação, que

deverá ser feita pelo Congresso Nacional.

• Saiário-mínirno ou ao piso estadual, fixado em lei. Há Estados em que existem leis estaduais garantindo

um piso salarial da categoria superior ao salário mínimo, que deve ser observado pelo empregador.

• Irredutibilidade do salário,

• Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e há 44 horas semanais. Jornadas inferiores podem

ser realizadas, desde que previstas contratualmente, com especificação da jornada diária e o(s) dia(s) de

• Intervalo para refeição e/ou descanso. Para jornada de até 6 horas diárias, intervalo mínimo de 15

minutos. Para jornada superior a 6 horas até 8 horas, intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas. O

intervalo concedido durante a jornada de trabalho visa permitir ao empregado o tempo necessário à

alimentação diária e a um pequeno descanso. O tempo destinado a este intervalo deve ocorrer,

preferencialmente, nos horários de refeição ou lanche, dependendo da extensão da jornada, e será

acrescido ao total de horas que o empregado permanece no local de trabalho. Veja um exemplo de

jornada diária de 8h: Entrada: 08:00 - Início Intervalo 12:00 - Retorno 13:00 - Fim da jornada: 17:00.

• Horas Extras. O adicional respectivo será de, no mínimo, 50% do valor da hora normal (artigo 7°,

parágrafo único, da Constituição hederal). Como não há a obrigatoriedade da adoçao do controlo

individual de frequência, a jornada deve ser especificada no contrato de trabalho, mas é aconselhável que

seja adotado documento consignando o horário praticado. Se houver horas extras, essa condição deve

constar de acordo para prorrogação de horário (no máximo 2 horas diárias). O fato de o(a) empregado(a)

dormir no emprego não implica necessariamente trabalho extraordinário. Se houver a solicitação de

serviços serão devidos os adicionais respectivos (horas extraordinárias e/ou noturnas). Os intervalos

concedidos pelo(a) empregador(a), não previstos em lei, são considerados tempo à disposição, por isso,

devem ser remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada (Enunciado n°

118, do TST). Para o cálculo do valor da hora extraordinária, se utiliza o salário mensal (bruto) dividido

pelo número de horas trabalhadas no mês. O valor encontrado será o correspondente a uma hora normal

que deverá ser acrescido de 50%. Esse resultado, que corresponde a uma (1) hora extra, será

multiplicado pelo número de horas trabalhadas. Exemplo: Salário R$ 678,00 + 220 = R$ 3,08 + 50% = R$

4,62 x 10 (horas extraordinárias trabalhadas) - R$ 46,20 Salário a ser pago R$ 678,00 -t- R$ 46,20 = R$

724,20.

• Adicional noturno (depende de regulamentação). O adicional noturno, previsto no artigo 7°, inciso IX, da

Constituição da República de 1988 será devido ao empregado doméstico após promulgação de lei

específica determinando os percentuais e as condições em que o adicional será pago.

• Décimo terceiro salário. Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira, entre

os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a

segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, descontado o adiantamento

feito (artigo 1°, da Lei n° 4090, de 13 de julho de 1962, e artigos 1°e 2°, da Lei n° 4.749, de 12 de agosto

de 1965). Se o(a) empregado(a) quiser receber o adiantamento por ocasião das férias, devera requerer

no mês de janeiro do ano correspondente (artigo 2°, § 2°, da Lei n° 4.749, de 12 de agosto de 1965).

• Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

Férias anuais, acrescidas de 1/3 constitucional. E direito do empregado doméstico as férias de 30 dias

remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de

serviço prestado à mesma pessoa ou família, contado da data da admissão (artigos 7°, parágrafo único,

da Constituição Federal, 4°, da Lei n° 11.324, 19 de julho de 2006, e 129, 130 e 142, da CLT). O período

de férias será fixado a critério do(a) empregador(a) e deverá ser concedido nos 12 meses subsequentes

à data em que o(a) empregado(a) tiver adquirido o direito (artigos 134 e 136, da CLT). O(a) empregado(a)

poderá requerer a conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário (transformar em dinheiro 10 dias das

férias), desde que o faça até 15 dias antes do término do período aquisitivo (artigo 143, da CLT). O

pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período de

gozo {artigo 145, CLT). No término do contrato de trabalho, independentemente da forma de

desligamento, mesmo que incompleto o período aquisitivo de 12 meses, ao(a) empregado(a) será devida

remuneração equivalente às férias proporcionais (Convenção n° 132, da OIT, promulgada pelo Decreto n°

3.197, de 05 de outubro de 1999, artigos 146 a 148, CLT). Assim, o(a) empregado(a) que pede demissão

antes de completar 12 meses de serviço, também, tem direito férias proporcionais.

Salário-familia (depende de regulamentação pela Previdência Social). O salário-família é um benefício

pago a segurados da Previdência Social aos empregados que recebam salário mensal de até RS 971,78

e filhos de até 14 anos (ou incapacitado de qualquer idade). Também são considerados filhos os

enteados e os tutelados. Nesse último caso, a condição exigida é que não possua bens suficientes para o

sustento próprio. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF n° 15, de 10 de janeiro de 2013 o

valor do salário-família será de R$ 33,16, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem

ganhar até R$ 646,55. Para o empregado que receber de R$ 646,55 até R$ 971,78, o valor do saláriofamília

por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 23,36.

Vale transporte, nos termos da lei. O Vale Transporte é devido quando da utilização de meios de

transporte coletivo urbano, intermunicipal ou interestadual com características semelhantes ao urbano,

para deslocamento residência/trabalho e vice-versa. Para tanto, o(a) empregado(a) deverá declarar a

quantidade de vales necessária para o efetivo deslocamento (Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985,

regulamentada pelo Decreto n° 95.247, de 17 de novembro de 1987).

FGTS (depende de regulamentação). Até que passem a vigorar as novas regras com a regulamentação da

emenda o recolhimento do FGTS para os empregados domésticos é facultativo. Com a opção pelo

recolhimento do FGTS, o empregador depositará mensalmente, em favor do empregado, o valor

correspondente a 8% calculados com base na sua remuneração. Para recolher o FGTS o empregador

poderá transmitir o arquivo SEFIP - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à

Previdência Social, por meio do Conectividade Social ou preencher a Guia de Recolhimento do FGTS -

Contribuição Preyidenciária. A contribuição previdencíária, parte do empregado doméstico, obedecerá a

tabela de contribuição do segurado empregado. A contribuição previdenciária, parte do empregador,

corresponde a 12% sobre o salário de contribuição do empregado doméstico.

Seguro contra acidentes de trabalho (depende de regulamentação).

Aviso prévio.

Seguro-desemprego (depende de regulamentação). Com a EC 72/2013 o empregado doméstico passou

a ter direito ao seguro-desemprego em caso de dispensa sem justa causa. Entretanto a forma de

pagamento ainda depende de regulamentação. O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da

seguridade social, garantido pelo art. 7° dos Direitos Sociais da Constituição Federal e tem por finalidade

prover assistência financeira temporária ao empregado dispensado involuntariamente. Após a

Constituição de 1988, o beneficio do Seguro Desemprego passou a integrar o Programa do Seguro-

Desemprego que tem por objetivo, além de prover assistência financeira temporária ao empregado

desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, auxiliá-lo na manutenção e

busca de emprego, promovendo para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação

jjrofissional. Até que seja regulamentada a EC 72/2013, somente os empregados domésticos cujo

empregador tenha optado pelo recolhimento do FGTS poderão fazer jus ao seguro-desemprego.

• Licença-maternidade, de 120 dias e a estabilidade provisória por força da Lei 11.324/2006. Sem prejuízo

do emprego e do salário, com duração de 120 dias {artigo 7°, parágrafo único, Constituição Federal), será

pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica. O requerimento do saláriomaternidade

deverá ser agendado pela internet (www.previdenciasocial.gov.br) ou pelo telefone 135. No

período de salário-maíernidade da segurada empregada doméstica, caberá ao(a) empregadora) recolher

apenas a parcela da contribuição a seu encargo, a parcela devida pela empregada doméstica será

descontada pelo INSS no benefício.

• Estabilidade em razão da gravidez. A empregada doméstica tem direito à estabilidade provisória no

emprego desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto. Se ocorrer a demissão, o

empregador deverá indenizar, em dinheiro, todo o período da estabilidade ainda não transcorrido, (artigo

4°-A, da Lei n° 5.859, de 1 1 de dezembro de 1972, com as alterações da Lei n° 11.324, de 19 de julho de

2006).

• Licença-paternidade.

• Feriados Civis e Religiosos. O gozo de folga nos dias feriados é um direito que foi estendido ao

empregado doméstico pela Lei 11.324/2006 que alterou o artigo 5° da Lei 605/49. Caso haja trabalho em

feriado civil ou religioso o(a) empregador(a) deve proceder ao pagamento do dia em dobro ou conceder urna

folga compensatória em outro dia da semana, conforme previsto no (artigo 9°, da Lei n.° 11.324, de 19 de

julho de 2006, e artigo 9°, da Lei n.° 605/49).

Com a Emenda Constitucional 72/2013 os acordos e convenções coletivas de trabalho passaram a ser

reconhecidos aos domésticos.

Assim, os sindicatos representativos poderão se organizar a fim de estabelecer novos direitos e obrigações

por meio de cláusulas convencionais, desde que o sindicato esteja devidamente registrado no Ministério do

Trabalho e Emprego.

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