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SERVIDÃO E PASSAGEM FORÇADA

QUAL A DIFERENÇA DE PASSAGEM FORÇADA PARA SERVIDÃO LEGAL?

💡 2 Respostas

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Juliana Bento

As diferenças entre os institutos tornam-se evidentes quando analisadas pontualmente suas características. Para tanto:

PASSAGEM FORÇADA

  1. Artigo 1.285 – Código Civil - O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário;
  2. Fonte: Lei;
  3. Direito de Vizinhança: Obrigação propter rem - O elemento obrigacional é fornecido pelo conteúdo da obrigação;
  4. NÃO Pode ser usucapido;
  5. Dispensa Registro e surgem da existência de contiguidade entre os prédios;
  6. O sujeito é pessoa definida, ou seja, a exigência é feia por e contra pessoa que em determinado momento é plenamente determinada, embora essa determinação ocorra de modo indireto, pois pode ser o próprio proprietário, ou possuidor, ou detentor, ou usufrutuário, ou outro;
  7. Finalidade: Evitar que a propriedade fique sem destinação ou utilização econômica por conta do encravamento;
  8. Há diretos e deveres recíprocos;
  9. Indenização: Condição imposta por lei.

SERVIDÃO DE PASSAGEM

  1. Artigo 1.378 – Código Civil - A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis;
  2. Fonte: Ato de Vontade, por via contratual, testamentária. Excepcionalmente da usucapião;
  3. Direito Real: O elemento real se realça na vinculação do proprietário como sujeito passivo da obrigação;
  4. Pode ser usucapido;
  5. Requer Registro no Cartório de Registro de Imóveis, para que se constitua;
  6. Os efeitos são erga omnes, sem qualquer exceção, ou seja, podem ser exigidos contra qualquer pessoa, exceto o próprio titular;
  7. Finalidade: Comunicação mais fácil e próxima, conveniência e comodidade;
  8. O proprietário do prédio dominante desfruta de uma prerrogativa sobre o prédio serviente, sem que a recíproca seja verdadeira;
  9. Indenização: Não obrigatória.

Depreende-se, portanto, que o principal requisito para o reconhecimento do direito a Passagem Forçada é o encravamento do imóvel, sem que haja nenhuma outra forma de acesso, já a servidão tem como principal característica a convenção entre as parte, uma vez que, é constituída geralmente por contrato, não possuindo como pressuposto o encravamento do imóvel.

Os tópicos acima, não tem a intenção de exaurir as diferenças entre os institutos, almeja apenas, salientar as mais eminentes características, a fim de torná-las de fácil constatação.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

As servidões se constituem direitos reais (art. 1.225, III, do CC), enquanto a passagem forçada se refere a direito de vizinhança (Capítulo V, Seção III, do Código Civil).

Ademais, a servidão é constituída por testamento ou declaração de vontade das partes (art. 1.378, do CC), enquanto a passagem forçada, nada obstante gere direito de indenização ao vizinho que se submeterá, será imposta, sendo certo que o art. 1.285, do CC menciona o constrangimento de vizinho.

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