A priori cabe diferenciar que circunstâncias agravantes e atenuantes são critérios da dosimetria da pena do sistema trifásico que estão na segunda fase, ou seja, na primeira fase o magistrado fixa a pena-base atendendo os critérios do artigo 59, na segunda fase ele fixa a pena intermediária considerando primeiro as agravantes (arts 61 e 62) e depois as atenuantes (arts 65 e 66), e na terceira fase por fim o magistrado fixa a pena definitiva com as considerando as causas de aumento e diminuição. A diferença entre os aqueles e estes, é que na fixação das causas agravantes e atenuantes o magistrado fica condicionado a estabelecer o mínimo ou o máximo legal, estes serão seus parâmetros dos quais não pode se desvincular, já nas causas de aumento e diminuição fica a critério do juiz estabelecer o parâmetro de forma razoável. Não é possível a concorrência entre circunstâncias agravantes e atenuantes com causas de aumento e diminuição, primeiro porque estão localizados em momentos diferentes da dosimetria da pena, segunda e terceira fase respectivamente, segundo porque agravantes e atenuantes são chamadas circunstâncias genéricas que estão estabelecidas no Código, já as causas de aumento ou diminuição, também conhecidas como majorantes ou minorantes estabelecem um quantum para o aumento ou diminuição, podendo ser esse fixo ou variável, conforme previsão legal. Por fim elas não se confundem porque as majorantes e minorantes podem elevar a pena para além do limite máximo, bem como diminuir para aquém do mínimo da pena cominada, já as agravantes e atenuantes não possuem essa capacidade.
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