Sobre o fundamento do poder empregatício

O contrato. 

Segundo Maurício Olimpio de Souza, existem quatro correntes que interpretam o fundamento do Poder empregatício: corrente privatísticas, corrente institucionalista, corrente publicista e corrente contratual.

• Corrente Privatística – Propriedade Privada

"Essa corrente apregoa que a empresa é uma propriedade privada e por tal motivo deve ser dirigida conforme o querer de seus administradores, o assalariado deve acatar todas as ordens do seu superior hierárquico, sendo uma prerrogativa natural do empregador."

• Corrente Institucional

"A empresa é comparada a uma instituição, sendo que esta última é conceituada como organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento de uma sociedade.

O que essa corrente quer nos impor é que a empresa tem suas regras e devem ser respeitas custe o que custar, o que não é verdade.

Apesar da empresa ter prerrogativas de controle de organização, procedimentos e costumes, essa não pode extrapolar na forma de conduzir as suas prerrogativas."

• Corrente Publicista

"Essa corrente entende que à empresa é delegado o poder público, sendo que ao empresário é lhe dado poder público.

A corrente é massivamente criticada, pois dá ao empresário poderes além dos necessários, chegando inclusive ao autoritarismo."

• Corrente Contratual

"O contrato é lei entre as partes, não podendo o empregador em hipótese alguma suprimir direitos adquiridos pelo empregado.

É o contrato que equilibra os direitos das partes envolvidas – empregado e empregador- ditando os direitos e obrigações.

Com isso, é através do contrato, que por sua vez é consubstanciado as leis trabalhistas, nasce de forma homogênea o poder empregatício, pois é através do contrato que é limitado esse poder.

Sem dúvida nenhuma, a Corrente Contratualista  possui a melhor teoria sobre o poder empregatício, pois é através dessa corrente é possível reconhecer que o empregador possui poder de direção, disciplina, mas desde que seja exercido em limites razoáveis e proporcionais."

Fonte:

http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=17521