Essa era que vivemos pode facilmente ser chamada de “Era do Consumismo” pois nunca antes na história da humanidade, a satisfação pessoal era considerada sinônimo de bens materiais quanto agora. Um dos fatores mais importantes para este quadro é o desenvolvimento econômico, que encontra amparo na tecnologia para transformar o que nos é oferecido pela natureza – as matérias-primas – em produtos que serão utilizados pelas pessoas, e que infelizmente, visam o lucro em detrimento do meio ambiente. Tais recursos – muitas vezes não-renováveis –, são sacrificados diariamente para saciar o consumo desenfreado das pessoas, as quais, em sua maioria, nasceram e se criaram nas cidades, contando com inúmeras facilidades (como água encanada, alimentos disponíveis no supermercado etc) de forma que não se preocupam tão profundamente com a chamada “sustentabilidade”.
A inovação dos recursos tecnológicos torna possível o desejo de transformar, por meio da produção, as matérias-primas oferecidas pela natureza em produtos e serviços a serem utilizados pelas pessoas, buscando cada vez mais o lucro (para as empresas) e a sensação de satisfação de sua “necessidade” material, muitas vezes acima do razoável, constantemente alimentada pela mídia, a qual faz girar uma quantia absurda de dinheiro no mercado.
No caso da melhoria da qualidade de vida, aumenta-se a renda, e quanto maior for esta, mais bens e serviços o individuo e sua família irão consumir, seja buscando conforto – casas maiores, com mais comodidade e lazer, carros, consumos de bens em si-, coisas que são consideradas sinônimos de bem estar, conforto e que necessitam determinado poder aquisitivo que, quando conquistado, na maioria das vezes é investido nesses determinados bens.
É comum associar o consumismo com o ato de comprar, sendo algo que o tempo todo nos é imposto como o “normal”, fazendo com que compremos e passemos a acumular cada vez mais, como numa idéia de “falsa felicidade”, sendo essas coisas colocadas como substituição para a ilusão de plenitude. A idéia que esta acontecendo é que estamos colocando a nossa felicidade em coisas, então, no momento em que não temos tais coisas passamos a nos sentir infelizes, inferiores. As propagandas sempre nos remetem à algum sentimento, de forma que o nosso cérebro, de forma involuntária, ligue tais coisas a nossa mente, como um vício, onde naqueles momentos pós-compra o individuo se sente bem, mantendo a sensação de necessidade de possuir algo novo, cada vez mais, sem pensar se aquilo realmente é viável ou necessário, e quando não considerado útil, é descartado de qualquer forma, trazendo também, malefícios ao meio ambiente.
A cultura do consumismo acarretou graves problemas ambientais na medida em que se apóia na exploração desmedida dos espaços naturais e recursos finitos. Afim de buscar atender primeiramente ás necessidades humanas, cada vez mais incessantes, pouco se importa com o colapso ambiental irreversível que esta causando. Hoje, somos o reflexo de uma sociedade que explorava as matérias á sua maneira, mas com os avanços tecnológicos, não estão sendo medidas as conseqüências para as gerações futuras, as quais provavelmente passarão por sérias dificuldades se novas posturas não forem adotadas. Para garantir que o meio ambiente como conhecemos tenha algum futuro, é preciso mudar a forma de atendimento dessas nossas necessidades de forma racional e consciente, nos remetendo ao desenvolvimento sustentável, a qual busca aliar o desenvolvimento socioeconômico com a preservação da qualidade do meio ambiente.
Os consumidores se dividem, de acordo com seus comportamentos a respeito da conscientização, em indiferentes – que são aqueles que adotam o menor numero de comportamento consciente, com menos freqüência, fazendo-o com uma visão de curto prazo e voltado ao seu próprio bem estar; os iniciantes e comprometidos – que estão num estágio intermediário e demonstram uma certa consciência em relação ao consumo e por fim, também considerada a mais adequada á política de consumo sustentável, os consumidores conscientes – que é aquele que adota o maior numero de comportamento considerado “ideal” e o exerce quase que habitualmente. Demonstra também maior preocupação com questões sustentáveis e relativas á preservação do meio ambiente.
Pode-se dizer que o consumo integrou-se ao próprio sistema de socialização entre as pessoas, ainda que seja relacionado aos hábitos e atitudes individuais. Quanto maior a renda, maior será o consumo dos serviços e bens disponíveis no mercado e maior será a exigência pela melhor qualidade, fazendo girar a “roda” da economia, onde, com mais dinheiro sendo movimento em razão da ascensão da coletividade e da sua procura por bens (aumento da demanda), mudará também os cursos da produção, buscando maior eficiência para maximizar a produção sem aumentar os custos para a empresa, otimizando seus resultados. .
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