Como exemplo de uma sociedade descentralidade, temos a própria sociedade internacional. Nesse sentido, a ordem jurídica é descentralizada porque não há um Estado que detém o monopólio do uso da força e que possa, assim, subordinar as proposições minoritárias à vontade de uma maioria. Assim, não há um sistema de sanções, de penalidades.
Pode-se afirmar, portanto, que na sociedade internacional não há uma autoridade superior nem tampouco forças armadas que vão condicionar e impor um posicionamento sobre um território específico. Há uma organização horizontal entre os membros dessa sociedade internacional (os Estados-Nação membros) que entram em acordo acerca das normas, assim há a vigência do princípio da coordenação e do consentimento.
Para além disso, a ordem jurídica em uma sociedade descentralizada não é hierarquizada, ou seja, é análise política da situação que guia e induz a seleção da norma a ser aplicada ao caso concreto.
Na sociedade descentralizada, os Estados-membros não estão sujeitos à jurisdição de nenhuma corte. Na verdade, o Estado-membro somente fica sujeito a alguma decisão de alguma corte internacional se houver uma declaração de aquiescência, ou seja, de aceitação e subordinação a essa corte. Quando ocorre essa aquiescência e o Estado-membro for condenado, a sentença da Corte torna-se obrigatória e o não cumprimento das obrigações fixadas na sentença configura ato-ilícito.
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