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Caso concreto lll penal ll alguém sabe responder essa questão?

Caso concreto. O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado. Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s) ?

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Passei Direto

Caso concreto. O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado. Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s) ?.

RESPOSTA/ARGUMENTAÇÃO

– Conceito: A pena restritiva de direitos é sanção penal imposta em substituição à pena privativa de liberdade consistente na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. Trata-se de espécie de pena alternativa. Irá ser aplicado aos crimes com menores grau de responsabilidade, com penas mais brandas. Está ligada ao princípio da proporcionalidade.

– Espécies: São penas restritivas de direitos: a prestação pecuniária, a perda de bens e valores, a prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, a interdição temporária de direitos e a limitação de fim de semana, conforme preceitua o art. 43, CP.

 

PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE DA PENA E EXECUÇÃO PENAL

 

Tal princípio está previsto no art. XLV da CF. Também denominado princípio da intranscendência ou da pessoalidade ou, ainda, personalidade da pena, preconiza que somente o condenado, e mais ninguém, poderá responder pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da pessoa do condenado.

Este princípio justifica a extinção da punibilidade pela morte do agente. Resta óbvia a extinção quando estamos tratando da pena privativa de liberdade, mas o princípio da responsabilidade pessoal faz com que, mesmo tendo o falecido deixado amplo patrimônio, a pena de multa não possa atingi-lo, pois estaria passando da pessoa do condenado para atingir seus herdeiros. Sendo assim, sempre estará extinta a punibilidade, independente da pena aplicada, quando ocorrer a morte do agente.

 

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Cosme Silva

Resposta simples e rápida, já corrigida pelo professor: A defesa de Anatércia não tem razão. O processo transitou em julgado antes do falecimento e a pena pode ser executada até o limite da herança. Observe que a pena só pode ser executada pois foi convertida em restritiva de direitos, neste caso, no perdimento de seu automóvel. Fundamento no princípio da personalidade (também chamado de princípio da pessoalidade ou intranscendência da pena).

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joão ribeiro barbosa junior Junior

É improcedente a defesa de Anatercia, pois o caso transitou em julgado antes do falecimento de seu esposo, logo, a pena pode ser executada até o limite de sua herança, uma vez que não há que se falar em transmissibilidade da pena nesse caso, pois o Estado só execultou um carro que fazia parte do considerável acervo patrimonial do condenado. 

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William Karina Mol

CASO DO ANACLETO: RESPOSTA

A razão se assistir a defesa sim! Pelo princípio de que justifica a extinção da punibilidade pela morte do agente, restando obviamente a extinção. Quando estamos tratando da pena privativa de liberdade, por princípio da responsabilidade pessoal, após falecido o agente, deixando amplo patrimônio, a pena não atinja seus herdeiros pois, passaria da pessoa do condenado.

Este princípio está previsto no art. 5º, XLV da “CF/88” e a partir do art. 32 “CP”, princípio da transcendência ou da pessoalidade ou personalidade da Pena.

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