Princípio da autonomia da vontade ou privada
É o princípio que afirma o poder às partes de dispor de seus próprios interesses mediante acordos (COELHO-2012). A vontade dos contratantes tem eficácia jurídica, devendo ser respeitada. Desde o direito romano as pessoas são livres para contratar com quem quiserem, se quiserem e sobre o que quiserem. Com a Revolução Francesa e o individualismo esse princípio atinge o ápice de sua importância e influência na vida dos cidadãos. É positivado no nosso Código Civil no art. 421, que estabelece que “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato” e ainda no art. 425, que prevê ser “lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”.
No entanto este princípio não é absoluto, encontrando limites nos artigos acima transcritos e em outros princípios contratuais. Com o passar do tempo, e principalmente após a Revolução Industrial, a sociedade como um todo percebeu que o liberalismo praticado após a Revolução Francesa não atendia todos os anseios da população, o que trouxe limitações à liberdade de contratação.
Uma grande limitação deste princípio é a proteção da parte mais fraca na relação contratual, bem como o princípio da supremacia da ordem pública, a moralidade e o princípio da boa-fé objetiva. A ausência de plena consciência entre os contratantes também é um delimitador da autonomia da vontade, pois são anuláveis os contratos eivados de erros, dolo e outros defeitos (CC, art. 171, II).
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