Embora um tanto ignorante ainda, encorajei-me a algumas palavras. Sócrates na apologia expõem o trabalho que o mesmo teve em confirmar ou negar o oráculo, isto é, caminhou, questionou e indagou aqueles que eram tidos como sábios para testar a profundidade de sua própria sabedoria, pois, duvidava que fosse o homem mais sábio. Perante sua constante busca pelas virtudes, de sua indagação e questionamentos acerca de conhecimentos eternos e imutáveis, Sócrates, me parece testar todos que acreditava possuir sabedoria, mas todos desfrutavam apenas de opinião. Contudo, a opinião quando erudita parece-se com sabedoria e envolve o homem na arrogância e crença de possui-la. Segue-se por fim que Sócrates é o mais sábio, pois esse foi capaz de reconhecer sua pequenez quando comparada a grandiosidade da sabedoria.
No que tange a pergunta levantada, Sócrates, por muitos nem sequer considerado filósofo o foi, particularmente tenho muito apresso por tal personagem e o considero. Mas, se compreendi a indagação e o termo “senso da verdade”, acredito que a resposta para a pergunta seja sim. Cabe considerar que a verdade buscada no cenário grego de Sócrates era o “belo”, mas a verdade buscada em outros tempos, como na filosofia moderna é a mesma? Não creio! Se “senso de verdade” for atribuído e interpretado no cenário grego, creio que não faz-se coerente atribuir como essencial à filosofia em seu todo contemplada atualmente. No entanto, se “senso da verdade” assumir o sentido de um conhecimento racional que tende a aparecer pós as indagações filosóficas acerca do que é problematizado pelo próprio homem, creio poder atribui-lo como a questão essencial da filosofia. Enfim, pareceu-me pós a leitura da Apologia, que a filosofia conflita com a opinião, e que embainhar-se na humildade para reconhecer a incapacidade humana em contemplar todo o conhecimento, é a consequência daquele que valeu-se da filosofia e também seu ponto mais sublime.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar