Na teoria jurídica,1 uma das dicotomias mais antigas e polêmicas é a direito público/direito privado. Ao longo da história das ideias jurídicas, inúmeros autores buscaram diferenciar as duas figuras e há, até mesmo, quem negue a utilidade nessa classificação. Em verdade, essa distinção não perdeu a sua importância, tampouco sua utilidade. A concepção entre direito público e direito privado é relevante por implicar a aplicação de regimes jurídicos diferentes (o de direito público e o de direito privado). Como consequência, o próprio raciocínio do jurista poderá ser diferente, a depender da realidade jurídica (se de direito público ou de direito privado) com a qual se depare. Isso porque as premissas para a resolução dos casos que se apresentam são diferentes. O primeiro aspecto a ser enfrentado para discutir o tema reside em indicar o fenômeno a ser descrito. A pergunta é a seguinte: que tipos de atividades esses dois grandes ramos do direito visam a disciplinar? Este é o tema da Seção 1. O segundo ponto a ser tratado reside na identificação dos critérios utilizados pela doutrina ao longo do tempo para diferenciar o direito público e o direito privado. Este é o tema da Seção 2. Isso será importante porque diversas teorias (repetidas até o dia de hoje) acabam utilizando uma determinada concepção como premissa (é o caso da teoria do direito privado administrativo). Na Seção 3, será apresentado o critério que se mostra mais útil para se determinar o campo próprio das duas figuras, tendo como base o direito positivo brasileiro. E, por fim, a Seção 4 tem por objetivo indicar a utilidade da distinção.
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Introdução ao Direito I
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