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porque somente a união tem competência em matéria referente a atividades nucleares?

💡 2 Respostas

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Larissa Almeida

Porque é preciso de técnicos habilitados para analisar essa função, com esse tipo de material que é tão perigoso, não da para liberar para os estados e municípios. E se ocorrer uma catástrofe, provavelmente ira atingir uma área muito maior q um estado, pois podem atingir de maneira direta e indireta, e atingem os recursos hídricos, atmosfera e ao solo.

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Especialistas PD

Sobre o tema, Pedro Lenza traça um panorama bastante completo:

“A Assembleia Nacional Constituinte de 1988, à época, entendeu mais conveniente, tendo em vista o temor gerado por eventual uso indevido da tecnologia nuclear (que viria a ser confirmado nas tragédias de Chernobyl e Goiânia), determinar o monopólio da União, nos termos do art. 177, V, da CF/88, sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados.

Agora, com a regra trazida pela EC n. 49/2006, foi aberta a possibilidade de produção, comercialização e utilização de radioisótopos, podendo ser autorizadas sob o regime de permissão, conforme as alíneas "b" e "c" do inciso XXIII do caput do art. 21 da Constituição Federal.

Assim, enquanto novos princípios e condições em relação à exploração dos serviços e instalações nucleares de qualquer natureza, surgem duas importantes novas regras (art. 21, XXIII, "b" e "c"):

  • sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
  • sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas.

A nova regra, assim, segundo a Senadora ldeli Salvatti, tem por objetivo" ... flexibilizar o monopólio da União para casos muito específicos. Tendo em vista a nossa inovação tecnológica com o advento da tomografia por emissão de pósitrons e da tomografia por emissão de fótons simples, há necessidade de que essa flexibilização tenha obrigatoriamente que ocorrer, porque esses radioisótopos utilizados nesses dois tipos de câmaras são emissores de partículas de meia-vida muito curta. Alguns duram apenas poucos minutos e outros, no máximo, duas horas. Portanto, não é possível que o deslocamento desse tipo de produto se dê em distâncias longas, porque, senão, o material perde a eficiência e a capacidade de ser utilizado nessa maravilha de evolução que é a medicina nuclear" (DSF de 22.10.2003, p. 33025).

É importante notar que a instituição do regime de permissão garantirá o necessário controle da referida atividade nuclear pelo Poder Público.” (Direito Constitucional Esquematizado. 21ª. ed. p. 1.464)

Diante do exposto, percebe-se que a centralização do tema relativo a energia nuclear em torno da União teve – e tem até hoje – relação direta com a necessidade de controle rigoroso sobre esse material tão sensível.

 

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