Explicação didática
Os recetores de tirosina cinase (RTK) são glicoproteínas transmembranares que são activadas pela ligação dos seus respetivos ligandos na superfície da célula e que, consequentemente, transmitem o sinal extracelular para o citoplasma através da fosforilação dos resíduos de tirosina nos próprios receptores (autofosforilação) e das proteínas de sinalização a jusante.
A grande maioria deste tipo de recetor existe como uma única cadeia polipeptídica e apresenta-se no estado monomérico na ausência de ligando (ver Figura 1).
A ligação a uma molécula sinalizadora induz a dimerização dos recetores e a autofosforilação dos resíduos de tirosina nos domínios citoplasmáticos do próprio recetor.
Os recetores tirosina cinase ativam inúmeras vias de sinalização dentro das células que conduzem à proliferação, à diferenciação e à migração celular ou a alterações metabólicas.
Este grupo de recetores inclui receptores para a insulina e para fatores de crescimento.
Figura 1 – Esquema genérico de um recetor tirosina-cinase no estado inativo, isto é, não ligado à molécula sinalizadora extracelular.
As cadeias de moléculas que transmitem sinais dentro de uma célula são conhecidas como vias de transdução de sinal intracelular.
Quando um ligante se acopla à um receptor na superfície celular, o domínio intracelular do receptor (na parte de dentro da célula) modifica-se de alguma forma. Geralmente, assume uma nova forma que o tornará ativo como enzima ou deixará que outras moléculas se associem.
A mudança no receptor desencadeia uma série de eventos de sinalização. Por exemplo, o receptor ativa outra molécula de sinalização dentro da célula que ativará seu próprio alvo. Essa reação em cadeia pode, eventualmente, levar a mudanças no comportamento ou características da célula como é mostrado no desenho abaixo.
Raf, MEK e as ERKs compõem uma via de sinalização da quinase em três níveis chamada cascata de proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK). (Um mitógeno é um sinal que faz com que as células se submetam à mitose ou se dividam). Como os genes que codificam o receptor do fator de crescimento, Raf e c-Myc , desempenham um papel central na promoção da divisão celular, eles são proto-oncogenes, significando que formas hiperativas dessas proteínas são associadas ao câncer.
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