GABARITO: LETRA B.
Quando pensamos em obrigações indivisíveis, costumamos lembrar da indivisibilidade em razão da natureza (e.g. um cavalo), por motivo de ordem econômica (e.g. um carro e suas peças essenciais), mas acabamos esquecendo da indivisibilidade pela razão determinante do negócio jurídico.
No presente caso, não importaria para a noiva a entrega de metade dos docinhos por uma das devedoras, restando demandar apenas em face daquela que não cumpriu. É que os docinhos se dirigem à boa prestação de serviços no casamento, satisfação dos convidados e realização de um sonho.
Visto isso, basta aplicar ao caso o art. 263, caput, do CC:
"Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos."
Quanto às alternativas A e C, não se fala em solidariedade presumida ou em razão da natureza, sendo certo que aquela característica deve decorrer de lei ou negócio jurídico, conforme art. 265, do CC:
"Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes."
Quando à letra D, temos hipótese de inadimplemento absoluto, pois a prestação tardia aqui não cumpre mais a finalidade pretendida, pois a entrega de doces após o casamento não apenas não se presta mais ao objetivo buscado, mas pode se tornar até um problema para armazenamento, dentre outros.
Aplicação do art. 395, CC:
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
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