Numa aula aberta sobre gestão internacional de recursos humanos, que recentemente organizei na minha instituição, o orador convidado, que é Director Central de Recursos Humanos da TAP, começou por contar um curioso episódio da sua vida profissional passada. Do que eu captei, dizia o orador que numa reunião internacional com colegas norte-americanos, e onde representava a parte Sueca da empresa, os americanos lhe terão dito que na Suécia não havia ninguém com um desempenho "superior", ao contrário do que se passava nos Estados Unidos. E a constatação era simples, nos processos de avaliação do desempenho os americanos consistentemente ficavam acima na concretização dos objectivos (i.e., nos "outputs" produzidos). E isto apesar da empresa na Suécia ser mais lucrativa.
O orador interpretou de forma magnífica este episódio com a fundamental distinção entre os termos e "outcome". Refere-se ao resultado concreto e tangível, o indicador que utilizamos para medir algo. A facturação em Euros de uma empresa ou o PIB de um país são bons exemplos de "outputs". "Outcome" refere-se às consequências de se ter alcançado ou não esse , como sejam a falência da empresa ou a necessidade de intervenção da "troika". A aplicação desta distinção é imensa e muito útil. Julgo por isso que deve ser divulgada para não se continuar a "comer gato por lebre".
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