Essa possível interação depende de vários fatores
Primeiro existe uma família de enzimas chamado de citocromo P450 (CYP) que estão evolvidas no metabolismo dos fármacos. A interação depende da indução ou inibição da enzima que metabolize o outro fármaco (falamos que o fármaco é substrato da enzima). Neste caso, omeprazol é tanto substrato quanto inibidor da enzima CYP2C19, ele mesmo lentifica sua biostranformação no organismo, porém ele é inibidor apenas dessa enzima que está envolvida no metabolismo de certo número de fármacos. Enquanto a rifampicina é considerado forte indutor pois estimula várias enzimas CYP como a 3A4 (principal metabolizadora de fármacos), a 1A2 e a 2C9, veja que ela não tem envolvimento algum com as enzimas com as quais o omeprazol se envolve.
Portanto não se prevê diferença no metabolismo de nenhum dos fármacos quando administrados concomitantemente.
Outros fatores seriam a quantidade individual de enzimas que a pessoa possível e o funcionamento dessas, o tempo de uso visto que interações por inibição e indução de metabolismo levam alguns dias para apresentar sinais como a diminuição ou aumento do efeito de um dos fármacos, depende também de qual medicamento está sendo usado a mais tempo (isso falando de drogas envolvidas com as mesmas enzimas).
Se falando de interações tudo é apenas previsão, e mesmo que aconteçam dependem de uma "relevância clínica", por exemplo aumento de metabolismo hepático em 33% será que pode realmente diminuir o efeito esperado do outro medicamento??
Pense sempre em drogas com pequeno índice terapêutico ou hormônios que já usam doses baixas (como minipílulas anticoncepcionais), essas são mais sérias em relação à interações.
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