Direito Penal I
Na sociedade de direito o detentor legítimo do "jus puniendi" é o Estado, ou seja o direito de punir pertence única e exclusivamente ao Estado. direito de punir pode ser definido, segundo Marques (1991 apud MIRABETE, 2007) como “[...] o direito que tem o Estado de aplicar a pena cominada no preceito secundário da norma penal incriminadora, contra quem praticou a ação ou omissão descrita no preceito primário, causando um dano ou lesão jurídica”
Agora vejamos: O direito de Punir NÃO É ABSOLUTO, pois o mesmo É LIMITADO, por exemplo: pelos seguintes dispositivos constitucionais: “[...] não há crime sem lei anterior que o defina” (art.5°, XXXIX); “[...] a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” (art.5°, XXV); “[...] ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” (art.5°, LIII) e “[...] ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” (art.5°, LIV).
Quando muitos autores referem-se que é absoluto estao se referindo que é APENAS DO ESTADO, e nao de um Estado absolutista, pois existem como acima relatado, casos de limitações deste poder.
Em um estado democrático de direito - como o nosso - o Estado tem o monopólio do poder de punir (jus puniendi) e seu poder é explicitado e balizado pelas leis legitimamente aprovadas pelo povo, por meio de seus representantes (no caso de uma república representativa). Devido à este aparente excesso de poder conferido ao Estado, que decorrem - se justificam - os mecanismos constitucionais e infraconstinucionais para limitá-lo, e assim conferem segurança jurídica e a concretização (reconhecimento) dos direitos humanos aos seus membros. Segundo o núcleo comum das doutrinas contratualistas, o povo abre mão de seu poder e liberdade individal (ilimitada) em favor do Estado em troca da paz social. Resumidamente, estes são os fundamentos da legitimidade monopolística do exercício do poder de Estado e de suas necessárias limitações.
De forma bem suscinta:
*É absoluto porque as sansões penais obrigatoriamente deve ser precedidas de leis(Estado) que as definam.
*E é limitado porque deve obbedecer a princípios constitucionais, tais como: da humanidade, da anterioridade, da legalidade, da culpabilidade, intervenção mínima, da proibição da analogia “in malam partem, entre outros.
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