Mas ainda hoje, mesmo com seus desdobramentos, a literatura infantil sofre uma espécie de preconceito, sendo por vezes considerada uma escrita menor por alguns teóricos desavisados. Caminhando na contramão, esse segmento continua dando grandes saltos, tanto nos aspectos da autoria, riqueza textual e recepção – com o aparecimento de mais profissionais no mercado e a conquista de um maior número de leitores –, bem como no avanço de técnicas de produção (pop-ups, scanimations, recursos sonoros) capazes de atrair até mesmo os olhares e ouvidos daqueles mais distraídos.
No Brasil, quando se fala em livro infantil, salta do senso comum a figura de Monteiro Lobato. Sem sombra de dúvida, ele é um marco no ramo editorial, tendo assumido os papéis de escritor, editor e distribuidor, à frente de empreendimentos de sucesso como a Companhia Editora Nacional. Lobato soube captar as tendências mundiais, implantando métodos de produção novos para o país, como a adoção da capa ilustrada e a criação de uma grande rede de distribuição e circulação, formada por intelectuais, amigos e livreiros. Um desses métodos, por sinal curioso, era o envio de circulares para várias cidades, solicitando a políticos e pessoas conhecidas endereços de pontos de venda onde pudesse escoar sua produção. E do seu networking, nem mesmo o açougue escapava.
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