o tema discutido pela reforma agrária sobre a má distribuição de terras tem sido muito discutido, porém acho que isso tem uma raiz nos séculos passados.
O regime das sesmarias nunca foi a melhor solução pro Brasil. Funcionava pra Portugal porque lá as terras já eram, de fato, utilizadas. Então, como implantar um regime que objetivava detectar distorção no uso de terras se as daqui não eram utilizadas, né?
Ele vigorou da colonização até 1822. Nessa época as concessões de terras eram feitas a pessoas privilegiadas e que as vezes nem tinham condições pra, de fato, explorarem aquelas terras e descumpriam várias obrigações, a maioria só cumprindo mesmo o pagamento de impostos e é aí que está exatamente a influência desse regime, pois hoje em dia ainda temos essa prática clientelista, já que grandes terras continuam inutilizadas nas mãos de vários latifundiários.
Mas não dá pra negar que esse regime influenciou positivamente porque alguns sesmeiros, de fato, perdiam suas terras por não conseguirem pagar impostos ou explorá-las e isso deu espaço pro povoamento e pra colonização, pelo menos no interior do país.
a questão da reforma agraria tem uma raiz intrínseca na questão das terras devolutas que existia no Brasil durante as capitanias hereditárias, que era um regime inspirado nas sesmarias de portugal. As terras devolutas, inutilizadas, por vezes era reaproveitadas por pessoas não titulares de seus direitos, assim como ocorre nas invasões do MST hoje em dia. Bases a reforma agrária na propriedade que não atende sua função social, os capitões donatários na idade média, que eram os detentores dessas propriedades, quando não atendiam aos requisitos de cuidados da realeza, tinham como punição, a perda da titularidade das terras o que é muito parecido realmente com a questão da reforma agrária atual.
Bom, penso que seja bem por ai ^^
Sesmaria era um lote de terras distribuído a um cidadão, a mando do rei de Portugal, com o intuito de que essas terras fossem cultivadas e povoar um território. Tendo em vista que a esse método foi abolido em 1822, em decorrência da constituição das capitanias hereditárias. Desde então, ele só está descrito nos livros de histórias.
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