Entende-se por "tripé econômico" o conjunto de medidas de política econômica determinados por uma política monetária de metas de inflação, pela não intervenção governamental na determinação dos preços de moedas estrangeiras (câmbio flutuante) e pela adoção de uma política fiscal (gastos e tributação) restritiva com vistas à obtenção de superávits primários (receitas correntes maiores do que as despesas correntes). O Brasil passa informalmente a adotar conjuntamente essas medidas a partir do início da década de 2000, ainda no mandato do Presidente Fernando Henrrique. Apesar de nuanças e gradações em suas formas, essas ferramentas vem sendo mantidas desde então.
O tripé seria
1. Metas de inflação,
2. Câmbio flutuante, ou seja, jamais fixo, e
3. Banco Central independente, juros flutuantes, mas com superavit.
Passados mais de 16 anos desde sua implantação, entender o tripé macroeconômico é fundamental para compreender a política brasileira hoje. Existe, por exemplo, relação fundamental entre essa configuração da política econômica e dois dos principais eventos políticos ocorridos esse ano: o impeachment da Presidente Dilma Rousseff e a iminente edição da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241 pelo Congresso Nacional.
No caso do impeachment, as “pedaladas fiscais” e os decretos suplementares serviram como base jurídica do pedido aceito pela Câmara dos Deputados e julgado pelo Senado Federal. Essas ações da Presidente foram formalmente consideradas crimes de responsabilidade justamente por terem sido interpretadas como forma de burlar a meta fiscal.
O tripé seria
1. Metas de inflação,
2. Câmbio flutuante, ou seja, jamais fixo, e
3. Banco Central independente, juros flutuantes, mas com superavit.
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