Caso concreto
PEDRO e CALVINO têm em comum o benefício da extinção da punibilidade em
relação as suas pretéritas condenações transitadas em julgado. O primeiro foi beneficiado
pela Anistia, enquanto o segundo pelo Indulto.
Consultando os processos do Tribunal de Justiça, depreende-se que essas duas pessoas
possuem novas condenações, assim observadas: PEDRO foi condenado por Tráfico de
Drogas (Lei 11343/2006), enquanto que CALVINO foi condenado por Latrocínio
consumado.
Diante do caso acima narrado, indaga-se: PEDRO e CALVINO são considerados
reincidentes? Resposta justificada.
Pedro não será considerado reincidente, pois foi beneficiado com a anistia, que é uma forma de clemência estabelecida por lei federal de forma ampla, geral e irrestrita, extinguindo a punibilidade do crime anistiado e todos os seus efeitos jurídicos, como se o delito nunca tivesse ocorrido.
Calvino, beneficiado pelo indulto, será reincidente, porque este beneficio é concedido por decreto do presidente da república e extingue a punibilidade do crime, concedendo clemência ao criminoso, mas não apaga de seus antecedentes todos os efeitos jurídicos do delito perdoado, continuando o réu reincidente e de maus antecedentes.
Quanto a reincidência em caso de pessoas que receberam o benefício da extinção de punibilidade, o primeiro ponto a ser analisado é o período que isso aconteceu, ou seja, se o “segundo” crime ocorreu antes ou depois do primeiro ter recebido o beneficio, sendo que se aconteceu antes seria reincidência e se depois não.
O segundo ponto é quanto as exceções, no caso de anistia e abolitio criminis, no qual o sujeito não será considerado reincidente, independente do tempo.
Assim, Pedro não seria reincidente e Calvino dependeria do momento que o latrocínio ocorreu.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar