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Qual a principal diferença entre julgamento antecipado do mérito e julgamento liminar de improcedência?

💡 3 Respostas

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Gabriel Wolguemuth

https://www.aurum.com.br/blog/julgamento-antecipado-da-lide/

Leia o trecho abaixo, extraído do link em anexo, o conceito de julgamento antecipado da lide:

julgamento antecipado da lide está previsto no Art. 355 do Código de Processo Civil e ocorre quando o juiz, nos casos em que não há mais (ou sequer houve) a necessidade de produção de provas, julga antecipadamente o feito.  No NCPC passou a ser chamado julgamento antecipado do mérito.

[...]

O instituto está previsto no artigo 355 do Código de Processo Civil e dispõe que:

O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença, com resolução do mérito, quando (i) não houve a necessidade de outras provas, ou quando (ii) o réu for considerado revel (arts. 344 e 349)”

Portanto, pode-se concluir, ainda no início deste artigo, que o julgamento antecipado da lide nada mais é do que uma hipótese em que o juiz profere a sentença, sem a necessidade de produção de início da fase probatória, ou o réu tenha sido considerado revel.

 


 

https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI235038,31047-Improcedencia+liminar+do+pedido+no+CPC15

Leia o trecho abaixo, extraído do link em anexo, o conceito de improcedência liminar do pedido:

"Assim, por um lado, cabe o julgamento liminar de improcedência quando a tese em que se funda a pretensão do autor já tiver sido rejeitada:

(I) em enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça. A regra aplica-se tanto aos casos de súmula vinculante do STF, quanto aos de súmulas comuns dessa mesma corte e do STJ;

(II) em acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos. O julgamento pelo STF ou STJ de uma tese que está reiterada em uma grande quantidade de recursos extraordinários ou especiais (“julgamento por amostragem”) origina uma “decisão-quadro” que deve ser aplicada não apenas a todos os recursos pendentes de julgamento que versem sobre a mesma questão jurídica, como também a todas as demais ações em que ela igualmente se ponha. A regra do art. 332, II, dá um passo além, ao determinar a aplicação liminar, em outros processos, da tese afirmada na decisão-quadro;

(III) em pronunciamento emitido em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. Valem aqui as mesmas considerações feitas para a hipótese anterior. A decisão proferida nesses incidentes tem força vinculante em sentido estrito – e o art. 332 III, prevê que, não havendo necessidade de provas, ela seja aplicada de plano a outros processos;

(IV) em enunciado de súmula de tribunal de justiça estadual ou do Distrito Federal sobre direito local. Essa regra é espelho daquela prevista no inc. I do art. 332. A mesma força que a súmula dos tribunais superiores tem relativamente a questões de direito federal constitucional e infraconstitucional a súmula do tribunal de justiça tem para as questões de direito local."

 

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

A improcedência liminar do mérito se dá em juízo de admissibilidade, a ser exercido pelo juízo competente para julgamento do caso concreto. Aqui, o juiz julga o mérito, sem necessidade de manifestação da parte adversa, pois já considera suficientes os elementos trazidos aos autos. Isso ocorre quando for dispensada fase instrutória e quando o pedido contrariar o que listam os incisos do art. 332, do CPC:

"Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local."

Resolvido o mérito, com trânsito em julgado, é feita coisa julgada formal e material, sendo obstada a propositura de nova ação semelhante.

Ademais, a parte autora pode interpor apelação, sendo citada a parte adversa para apresentar contrarrazões (exatamente isso: citação para contra-arrazoar. É que, no presente caso, não houve ingresso da parte contrária em momento anterior).

Não interposta apelação, a parte contrária será INTIMADA do trânsito em julgado.

No julgamento antecipado do mérito, haverá citação prévia da parte adversa, com oportunidade de manifestação. Daí, podem ocorrer algumas situações:

a) Responder e o juiz decidir que não há necessidade de produção de outras provas;

b) Ser revel, for o caso de aplicação dos efeitos da revelia E não haver requerimento de prova (é que o réu revel pode requerer produção de provas).

Ocorrendo quaisquer das situações, o juiz poderá prolatar decisão de mérito. Vejamos o CPC:

"Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:

I - não houver necessidade de produção de outras provas;

II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 ."

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