A primeira condição da acumulação é que o capitalista tenha conseguido vender as suas mercadorias e retransformar a maior parte do dinheiro assim obtido em capital. No que se segue, é pressuposto que o capital percorre o seu processo de circulação de um modo normal. A análise mais pormenorizada deste processo faz parte do livro segundo.
O capitalista que produz a mais-valia — i. é, imediatamente bombeia trabalho não pago dos operários e o fixa em mercadorias — é com efeito o primeiro apropriador, mas de modo nenhum o último proprietário, dessa mais-valia. Ele tem a seguir de a repartir com capitalistas que desempenham outras funções no todo da produção social, com o proprietário fundiário, etc. A mais-valia cinde-se, portanto, em diversas partes. As suas fracções vão para diversas categorias de pessoas e adquirem formas diversas, autónomas umas face às outras, como lucro, juro, ganho comercial, renda fundiária, etc. Estas formas transformadas da mais-valia só poderão ser tratadas no livro terceiro.
Pressupomos aqui, pois, por um lado, que o capitalista que produz as mercadorias as vende ao seu valor, e não nos detemos mais no seu regresso ao mercado de mercadorias, nem nas formas novas que acorrem ao capital na esfera de circulação, nem nas condições concretas de reprodução aí envoltas. Por outro lado, o produtor capitalista vigora para nós como proprietário de toda a mais-valia ou, se se quiser, como representante de todos os participantes no saque. Consideramos, portanto, primeiro a acumulação abstractamente, i. é, como mero momento do processo imediato de produção.
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