Não somente aos historiadores e biólogos, mas a todos os cientistas e a todas as formas e perspectivas científicas. Basta vislumbrar o que disse-nos uma vez Russ Rymer: "A linguística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de gramáticos."
Saussure, através de uma perspectiva estruturalista, tentou definir os alicerces e bases temáticas do aparato científico-linguístico, pois argumentava ele que a língua poderia ser angariada das múltiplas visões, sejam estas sociológicas, psicológicas, filosóficas, etc.. Por este motivo, o dito tentou formular um sistema (a langue saussuriana) onde a língua fosse estudada por si só e de maneira autônoma, sem os pontos de outras visões científicas.
O sucesso em tal intento é questionável, pois hodiernamente temos várias vertentes linguísticas: sociolinguística, psicolinguística, neurolinguística, ecolinguística, etc. ou seja, a língua não é passível de estudos a uma única e circunscrita perspectiva, mas a todas possíveis conjecturáveis.
Em Bakhtin encontramos o aparato social-discursivo e em Jean-Michel Adam encontramos vislumbrações psicológico-cognitivas e sociais, por exemplo.
Creditou-se muito, ainda, à linguagem, um caráter eugênico-racial, onde a língua poderia demonstrar e denotar a superioridade e âmparo proeminente de uma determinada raça ou etnia.
As ciências linguísticas ou da linguagem encontram-se norteadas por múltiplas e diferentes visões científicas, pois ela é passível a isso. Nela encontramos o social, o cognitivo, as relações de poder, as relações étnicas e outras demasiadas ideias.
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