A responsabilidade civil por omissão de atos da Administração Pública é subjetiva, situação na qual se erige a culpa como pressuposto da responsabilidade. Tem que se comprovar o nexo causal e que a omissão do estado contribui para o dano.
Segundo Marcio André Cavalcanti, autor do Vade Mecum de Jurisprudência do Dizer o Direito, de acordo com a doutrina majoritária e com o STJ, a responsabilidade civil do Estado em caso de atos omissivos é subjetiva, baseada na teoria da culpa administrativa (culpa anônima).
Assim, em caso de danos causados por omissão, o particular, para ser indenizado, deveria provar:
a) a omissão estatal;
b) o dano;
c) o nexo causal;
d) a culpa administrativa (o serviço público não funcionou, funcionou de forma tardia ou ineficiente).
No STF, no entanto, tem ganhado força nos últimos anos o entendimento de que a responsabilidade civil por omissão é objetiva. Isso porque o art. 37, § 6º da CF/88 determina a responsabilidade objetiva do Estado sem fazer distinção se a conduta é comissiva (ação) ou omissiva.
Não caberia ao intérprete estabelecer distinções onde o texto constitucional não o fez.
Importa ressaltar que para o STF a responsabilidade civil é objetiva desde que ele tivesse obrigação legal específica de agir para impedir que o resultado danoso ocorresse. A isso se chama de "omissão específica" do Estado.
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