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ME AJUDEM A RESOLVER ESSE CASO CONCRETO ??

CASO CONCRETO MARIOSVALDO, 30 anos, mantém um relacionamento amoroso com SUELEN há dois anos. Apaixonado por sua amada, MARIOSVALDO pretende casar-se com ela, no entanto, teme que sua namorada saiba que, quando contava com 20 anos de idade, no interior do Estado do Pará foi casado com FLORENTINA. Dessa forma, passou o tempo do namoro inteiro omitindo seu estado civil, acreditando que na cidade do Rio de Janeiro, onde reside, seria impossível FLORENTINA ficar sabendo de seu relacionamento de dez anos atrás. Nessa senda, marcaram e contraíram o matrimônio, tendo MARIOSVALDO declarado falsamente em documentação pertinente que seu estado civil era o de “solteiro”. Em pesquisa cartorária, descobriu-se a verdadeira história de MARIOSVALDO, sendo o fato levado ao conhecimento do Delegado de Polícia que instaurou o pertinente Inquérito Policial, indiciando MARIOSVALDO nos crimes de falsidade ideológica (CP, art. 299) e Bigamia (CP, art. 234) em concurso material (CP, art. 69). Diante do caso aventado, analise a capitulação penal da autoridade policial.

💡 3 Respostas

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Arnon Guilherme

Para a prática da bigamia, o agente deve, necessariamente, praticar o crime de falsidade ideológica. Entretanto, por força do princípio da consunção, deve ocorrer a sua absorção pelo delito de bigamia. Ou seja, deverá ser apenas indiciado pelo crime de bigamia.

Entendimento STJ: O delito de bigamia exige para se consumar a precedente falsidade, isto é: a declaração falsa, no processo preliminar de habilitação do segundo casamento, de que inexiste impedimento legal.

Constituindo-se a falsidade ideológica (crime-meio) etapa da realização da prática do crime de bigamia (crime-fim), não há concurso do crime entre estes delitos. 3. Assim, declarada anteriormente a atipicidade da conduta do crime de bigamia pela Corte de origem, não há como, na espécie, subsistir a figura delitiva da falsidade ideológica, em razão do princípio da consunção. (HC 39583/MS, Relatora Ministra Laurita Vaz. J. 8.3.2005).

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Amanda Ribeiro

resposta discursiva : 

Uma capitulação possível, é o concurso dos delitos de Bigamia (CP, art. 235)

e falsidade ideológica (CP, art. 299), no entanto, há entendimento de que a falsidade

ideológica, embora mais grave, é absorvida pela bigamia, por tratar-se de crime meio

 

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Ricardo Brasil

A capitulação penal do Delegado está errada. No caso, não há que se falar em concurso de crimes, pois de acordo com o princípio da consunção, a falsificação ideológica foi meio para o agente praticar o crime principal que é a bigamia, respondendo só por este último.
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