Em meio à crise econômica que o Brasil vem enfrentando ao longo dos últimos meses, surgem algumas dúvidas e questionamentos acerca do futuro da engenharia civil. Depois do “boom” da profissão entre 2010 e 2012 – ajudado também pelos grandes eventos esportivos que o país sediou e por financiamentos com juros menores – o mercado estagnou e já não tem o mesmo aquecimento de anos atrás.
Para piorar, a cada ano novos engenheiros são formados pelas universidades e tornam um mercado com menos vagas de emprego ainda mais concorridas e competitivas, gerando ainda mais instabilidade naqueles engenheiros que assistem a cortes de funcionários dia sim, dia não e, portanto, fica-se com receio de perder o seu emprego. Alguns fatores contribuem para as dificuldades da engenharia civil no momento atual. Além de um claro desaquecimento de mercado, as dificuldades em relação ao crédito e uma evidente falta de confiança na economia contribuem significativamente para a queda de oportunidades no período recente.
Apesar da maré contrária, há motivos para o engenheiro civil acreditar em melhora ainda no curto prazo. É fato que a engenharia civil acompanha a economia do país e o aquecimento do mercado é diretamente proporcional aos resultados econômicos brasileiros, mas mesmo em período ruim as atividades da área sempre serão necessárias. Alguns investimentos, como transporte, escolas e moradias, não podem deixar de existir mesmo em momentos econômicos ruins.
Ademais, o Brasil sofre atualmente com um grande déficit de engenheiros. Apesar da grande quantidade de alunos que entram em faculdades anualmente, cerca de metade deles não concluem o curso. Com uma demanda crescente da área e a pouca formação (sendo que nem todos os que se formam são engenheiros de qualidade), a tendência desse gap é aumentar e gerar novas oportunidades.
Portanto, considerando que o engenheiro civil atua diretamente para a sociedade, e que esta terá demandas eternamente, juntamente com o déficit atual de engenheiros no país, é possível vislumbrar um futuro com trabalho e oportunidade para os profissionais da área. O otimismo também precisa estar presente já que pensamentos positivos costumam ajudar no processo criativo – além do que, ninguém contratará um engenheiro que só pensa em aspectos negativos e reclamações.
Por outro lado, o engenheiro precisa torcer por uma melhora da economia. Os profissionais competentes se destacam a qualquer momento, mesmo com crise ou dificuldade, mas é claro que ter um cenário econômico favorável ajuda muito. Até porque, vale lembrar, o engenheiro civil precisa de obras para trabalhar e, para ter obra, é preciso ter investimento. Percebe-se assim que há uma forte relação entre a engenharia civil e a economia e que por essa razão houve um impacto tão grande nas oportunidades existentes desde que a crise econômica atingiu com força o país. Vale lembrar também que crises começam a terminam ao longo do tempo e nunca eternamente, fato esse que, leva a mais uma razão para acreditar numa recuperação da economia e da engenharia civil consequentemente.
Enquanto essas dificuldades não passam, uma boa opção é investir em estudos e preparação individual. Assim, quando tivermos um novo “boom”, como aquele do começo da década você estará amplamente preparado para tirar de letra os mais variados desafios.
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