Decreto-Lei 4.657\42
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - âmbito de aplicação é todo o ordenamento jurídico (normas de direito privado bem como de direito público).
Regra é a aplicabilidade. A exceção é quando é afastada a aplicabilidade.
Exemplo: art. 1º - prazo de vigor da norma quando o legislador for omisso - 45 dias de depois publicado, não importando se a norma é de direito público ou privado.
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Podemos entender a vacatio legis como sendo o período entre a publicação da lei e sua vigência.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
Podemos dizer então que a vacatio legis em território estrangeiro é de 3 meses, após sua publicação em solo brasileiro.
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Podemos entender a “vacatio legis” como sendo o período entre a publicação da lei e sua vigência.
Podemos entender que a lei começa a vigorar 45 dias de pois, de oficialmente publicada e quando ao estrangeiro são 3 meses.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
Exemplo: Não aplicabilidade - não se admite a aplicação de analogia para incriminar.
LICC 1916 Lei 3071\16 = CC\16 e 1942.
Correção de lei
A lei corrigida já está vigorando:
1) Correção = lei nova/ novo nº
2) A lei corrigida ainda não estava vigorando
a. A lei estava em vacatio llegi
b. Mesma lei –mesmo nº - reiniciada a contagem da vacatio legi
i. Doutrina: alteração substancial: reinicia a contagem para toda a lei
ii. Alteração não é substancial: reinicia apenas para os dispositivos alerado
Natureza Jurídica
1. Natureza Jurídica - Lex Legum\norma de sobre direito\norma de superdireito - a lei de introdução é ima norma jurídica que tem o objetivo de regular a aplicação da lei brasileira no tempo e no espaço. As demais leis tem o foco no fato social. A lei de introdução tem o foco na própria lei.
Estrutura
a. Art. 1º ao 6º - vigência da lei no tempo.
b. Art. 7º ao 19 - vigência da lei no espaço. (Direito internacional privado) - com interpretação complicada.
Interpretação
2. Interpretação das normas jurídicas - desvendar o sentido (significado dos vocábulos) e o alcance (âmbito de aplicação da norma jurídica) - Necessária? “in claris cessat interpretatio” “ in claris non fit interpretatio” - para chegar a conclusão que a norma jurídica é simples já ocorreu a interpretação. A intepretação é o primeiro passo e o segundo passo é a aplicação.
Toda norma jurídica deve ser interpretada para ser corretamente aplicada.
No passado acreditava-se que a interpretação gramatical\literal era o meio mais adequado que poderia ser aplicado, atualmente não existe um meio considerado mais correto.
O ideal é que seja utilizado o meio ou meios que produzam o melhor resultado para o caso concreto.
Meios de Interpretação
a. Gramatica\literal: utiliza as regras da linquística, gramática, regras de pontuação, etc.
b. Lógica: utiliza o raciocínio lógico - premissa maior\premissa menor.
c. Lógica sistemática\sistemática: nenhum dispositivo legal está isolado, logo deve-se observar as normas ao seu redor.
d. Histórica: primeiro sentido é investigar os fatos sociais que antecederam a norma; segundo sentido é o estudo do processo legislativo (ver o projeto de lei, razões do veto, anais do Congresso).
e. Teleológica\sociológica: busca o sentido e o alcance da norma nos fins sociais a que se ela dirige e nas exigências ao bem comum (art. 5º LINDB).
A interpretação das leis deve-se valer das técnicas de hermenêutica (ciência da interpretação de textos da lei, tem por objetivo o estudo e a sistematização dos processos a serem aplicados para fixar o sentido e o alcance das normas jurídicas e seu conhecimento adequado, adaptando-se à interpretação dos fatos sociais).
São espécies de interpretação das leis:
1) Gramatical ou literal- interpretar olhando o sentidos das palavras.
2) Lógica – modalidade de interpretação quanto aos meios, visando fixar o conteúdo da lei.
3) Sistemática – coordenar a lei interpretada com todo o ordenamento.
4) Histórica – interpretar a lei vislumbrando os acontecimentos históricos na ocasião de sua elaboração.
5) Teleológica – qual era o fim da norma.
6) Analógica - Revelar o sentido da lei por meio de comparação.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Aplicação da Norma
Aplicação da norma - subsunção (tradicional enquadramento do fato concreto ao conceito abstrato contido na norma). Vem do positivismo jurídico. Direito = lei (Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito).
Subsunção moderna - Miguel Reale - pós-positivismo jurídico (Lei\fatos\valores) = teoria tridimensional do direito. São subsistemas isomórficos - são sistemas independentes. Exemplo: reconhecimento do casamento\união estável de pessoas do mesmo sexo.
Princípios Basilare
1) Princípio Socialidade – é o que introduz a função social do contrato, propriedade, família. Busca-se corrigir o erro da sociedade individualista. Interesse da coletividade. Deve-se ter a noção que não existe “eu” de forma isolada. Todo instituto que existe em direito a razão é a coletividade. A função social é o limite.
2) Princípio da Eticidade – Princípio da boa-fé objetiva – dever de boa conduta, bom comportamento, chamado deveres anexos.
3) Princípio da operabilidade – dois sentidos para operabilidade.
a. Simplicidade – transformar a lei em uma forma mais simples para ser aplicada. Exemplo: prescrição (art. 205 e 206) e decadência (qualquer outro). Exemplo: vícios dos negócio jurídicos (anulável e prazo decadencial prazo 4 anos a contar da celebração).
b. Eletividade - técnicas de elaboração da norma
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é responsável por disciplinar a aplicação das normas jurídicas brasileiras. Trata-se de uma norma sobre as normas.
A LINDB tem por finalidade regular a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação das normas; o conflito das normas no tempo e no espaço; estabelecer mecanismos de integração no caso de lacunas normativas; garantir a eficácia global da norma; fornecer critérios hermeneuticos; e estabelecer normas de direito internacional privado.
Ademais, conceitua o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido.
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Historia e Introdução do Direito
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