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Qual é a concepção aristotélica sobre justiça e injustiça?

Qual é a relação com o âmbito jurídico contemporâneo?

💡 3 Respostas

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Raissa Sales

Esse é um resumo apresentado no artigo da Andréa Rodrigues de Oliveira Munhoz que achei muito bom para estudar.



RESUMO


Este artigo analisa o tema “à justiça é à injustiça na verdade de Aristóteles”
com base no Livro V Capítulos 1 a 5 da obra “Ética a Nicômaco” e procura estudar
os conceitos e ideias contidos nessa pequena fração da vasta produção do filósofo.
Nesse Livro o filósofo fala da justiça e injustiça, sendo a justiça uma virtude completa
e a injustiça o vício inteiro e aponta duas espécies de justiça: a geral e a particular.
Verifica a proporcionalidade da justiça, e também que o injusto viola tal proporção.
Aponta as espécies de justiça correlata, onde não importa se um homem bom lesou
um homem mau, ou se o contrário aconteceu, pois quem decidirá quem lesou e
quem sofreu a lesão será o juiz exercendo papel de mediador. Destaca que a função
da justiça deve ser apenas de reciprocidade, no sentido de não privilegiar ninguém,
sendo apenas a base da convivência humana.

 

Disponiobilizei o artigo aqui se interessar em ler todo: http://www.passeidireto.com/arquivo/3095825/a-justica-e-a-injustica-na-verdade-de-aristoteles

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Paulo Reis

Um autor que é voltado inteiramente à Ética aristotélica é Michael Sandel, de Harvard.
"Justiça - O que é fazer a coisa certa?"
Ao meu ver é leitura obrigatória para estudante de direito.

Forte Abraço!

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Tiago Falconieri

Recomendo a leitura dos livros I, II, IV, V e VII da "Ética a Nicômaco" de Aristóteles.

 

Aristóteles aborda a justiça enquanto coisa em si e a justiça enquanto virtude (Virtude em Aristóteles equivale à ação enquanto HÁBITO desejável). A justiça enquanto coisa em si é tratada como satisfação daquilo que é NECESSÁRIO, logo, a coisa justa é aquilo que não é nem demasiado e nem insuficiente. Contudo a questão da necessidade em Aristóteles não é universal, o Estagiríta compreende que há diversas necessidades cada qual com sua própria especificidade, por tanto, define que para a justiça, deve-se levar em conta, também, o critério de proporcionalidade, isso equivale dizer que para Aristóteles Justiça NÃO EQUIVALE à igualdade.
    Em outro sentido, O filósofo analisa a justiça enquanto virtude. Por este aspecto, é importante ressaltar a definição de VIRTUDE. Para Aristóteles a virtude é uma prática habitual, isso significa que não é algo intrínseco à natureza humana, mas é algo adquirido e aprendido. Sendo assim compreendida, a virtude é decorrente de seu próprio ETHOS, isto é, ela varia de sociedade para sociedade e mesmo de subgrupo para subgrupo.

      Isso parece ir contra o princípio deontológico que permeia o âmbito jurídico contemporâneo, uma vez que a justiça, entendida pela perspectiva jurídica, é a aplicação da lei que parte de um universal (objetivo) para um particular (subjetivo). Está, portanto, aparentemente diametralmente contra a perspectiva aristotélica de justiça posto que, ignora o principio da proporcionalidade, ou em outras palavras não parte da análise das necessidades subjetivas conforme defendido por Aristóteles.

 

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