(Concurso Magistratura/MG – 2007) José Leal, brasileiro, casado sob o regime da separação absoluta de bens, engenheiro, residente e domiciliado em Belo Horizonte (MG), e John Smith, americano, solteiro, residente e domiciliado também na cidade de Belo Horizonte (MG), resolveram constituir a sociedade CONSTRUTORA BRASAM LTDA. O capital social, no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), totalmente integralizado no ato da assinatura do contrato social, encontra-se dividido em 500.000 (quinhentas mil) quotas, no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, de forma que cada sócio subscreveu 250.000 (duzentas e cinqüenta mil) quotas. O objeto social, previsto no instrumento constitutivo, corresponde ao seguinte: “construção, incorporação e compra e venda de imóveis populares”. Assim, o contrato social, datado e assinado por ambos os sócios em 30 de janeiro de 2006, foi submetido à JUCEMG somente em 28 de fevereiro de 2006, tendo sido devidamente arquivado nessa data. Para alavancar os negócios, a sociedade, através do sócio administrador – José Leal, contraiu diversos empréstimos, o que possibilitou a aquisição de alguns imóveis populares na periferia de Belo Horizonte para a revenda. Em 11 de setembro de 2006, venceu um contrato de mútuo firmado, em 02 de fevereiro de 2006, pela sociedade com um determinado credor. Com problemas de liquidez, a sociedade não conseguiu honrar a dívida, motivo pelo qual o credor ingressou com uma execução por quantia certa contra ela.
Pergunta-se: Caso sobrevenha a falência da sociedade em questão, as revendas dos imóveis populares de propriedade da falida, realizadas dentro do termo legal, poderiam ser declaradas ineficazes, de ofício, pelo Juiz? Justifique em, no máximo, dez linhas.
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