A Transação é um negócio jurídico onde os interessados previnem ou terminam litígio mediante concessões recíprocas, onde cada uma das partes perde e ganha um pouco, podendo ser desproporcionais, ou seja, uma parte pode, se quiser, perder mais do que a outra, mas as concessões têm que ser mútuas. Se uma parte perde tudo, não se caracteriza a transação, mas sim, a remissão da dívida.
A Compensação é aquela que extingue as obrigações do mesmo gênero das pessoas que são, reciprocamente, credoras e devedoras entre si, até onde as dívidas se compensem. Ex: A deve cem a B decorrente de um empréstimo e B deve cem a A porque bateu no carro de A, então um não vai cobrar do outro, a compensação vai extinguir as duas obrigações mediante um pagamento fictício (art. 368).
A diferença entre compensação e transação é bastante simples:
Haverá compensação quando duas pessoas forem, ao mesmo tempo, credores e devedoras uma da outra, de modo que o crédito de uma das partes será compensada com a sua dívida perante a outra. Ex: João tem uma dívida com Maria no valor de 100 reais. No entanto, Maria também deve a João uma blusa, no mesmo valor de 100 reais. Nesse caso, ninguem será obrigado a pagar, pois as dívidas se compensam, equivalem-se entre si.
CC/02: Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
De outro lado, estaremos diante de uma transação quando duas partes, mediante concessões mútuas, extinguem obrigações. Ex: José se compromete a retirar seu carro da garagem de Joaquina e, em troca, Joaquina se compromete a não mais estacionar o seu carro na frente da casa de José.
Perceba que, nesse caso, José e Joaquina não eram credores e devedores mutuamente, não havia uma relação obrigacional anterior.
CC/02: Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
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Direito Civil III
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