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Efeito Tyndall

O que ocorre detalhadamente com a luz no efeito Tyndall?

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Ana Cláudia

Trata-se de um efeito de espalhamento ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de um sistema coloidal. 

É devido ao efeito Tyndall que se pode observar as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de luz, ou, ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina através do farol do carro. 

Preparação de um sistema coloidal 

A preparação de um sistema coloidal liófilo não existe nenhuma técnica especial, uma vez que as partículas do disperso se espalham espontaneamente pelo dispergente. 

Já a preparação de um sistema coloidal liófobo exige algumas técnicas como as que descreveremos a seguir. 

Por fragmentação 

Esta técnica consiste em fragmentar as partículas do disperso até que elas atinjam as dimensões características do estado coloidal (entre 10 e 1000 ângstrons) o que normalmente é feito de duas maneiras: 

Usando-se o moinho coloidal: colocam-se os grânulos de matéria do disperso entre dois discos rígidos que giram a uma distância muito pequena um do outro. 

Este é o método usado na preparação de cosméticos (sombras e pós faciais). 

Usando-se um arco voltaico: o uso do arco voltaico, também denominado arco de Bredig, restringe-se normalmente à preparação de colóides metálicos, pois é necessário que o material seja condutor de corrente elétrica. 

O processo é o seguinte: coloca-se em um recipiente apropriado o líquido que constituirá o dispergente e, mergulhados nesse líquido, dois fios do material que constituirá o disperso. 

Aplica-se uma diferença de potencial nesses fios, o que provoca uma centelha entre eles; com isso partículas do disperso de dimensões coloidais vão sendo liberadas e se distribuindo através do líquido. 

Por aglomeração 

São três técnicas principais que visão aglomerar partículas de dimensões inferiores às do estado coloidal, até que elas atinjam o tamanho necessário à preparação de um colóide. 

Através de uma reação química: segundo a Lei de Weimarn é possível obter um sistema coloidal quando, numa reação de formação de um composto pouco solúvel, as soluções reagentes apresentam concentrações extremas, isto é, mitos diluídas ou muito concentradas. 

Através de uma lavagem: fazendo-se um precipitado passar por sucessivas lavagens com uma solução diluída que possua gelo menos um íon em comum com o precipitado, vão se formando aos poucos partículas de dimensões coloidais que ficam dispersas na solução usada na lavagem. 

Através da mudança de dispergente: prepara-se uma solução de determinada substância X num solvente apropriado; em seguida adiciona-se um líquido no qual a substância X seja imiscível e agita-se o sistema. Com a agitação, as partículas de dimensões coloidais da substância X se dispersão pelo líquido que foi adicionado. 

Purificação de um sistema coloidal 

A purificação de um colóide consiste numa série de técnicas que visam separar as partículas do disperso das impurezas estranhas que eventualmente estejam espalhadas pelo dispergente. 

Ultrafiltração 

Quando o sistema coloidal está contaminado por íons ou moléculas cuja dimensão se encontra na faixa do soluto de uma mistura homogênea (menos de 1000 ângstrons), é possível separar essas impurezas do colóide usando-se um ultrafiltro. 

Trata-se de uma membrana que pode inclusive ser feita de material plástico, com poros estreitos o bastante para barrar a passagem de partículas coloidais, mas ainda assim permitir a passagem de partículas com diâmetro inferior a 1000 ângstrons. 

A ação do ultrafiltro está ligada também às condições elétricas do colóide e da membrana. 

Ultracentrifugação 

Quando o sistema coloidal está contaminado por partículas de maior porte, ou quando é necessário separar partículas coloidais de tamanhos diferentes, utilizam-se centrífugas de altíssima rotação. 

Esse processo é amplamente usado nos laboratórios de análises clínicas para separar as várias proteínas existentes no sangue. 

Diálise 

O processo conhecido por diálise é usado especificamente para separar impurezas altamente solúveis no dispergente. 

Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de um colóide através de uma membrana permeável. 

A diálise é feita da seguinte maneira: 

Coloca-se o colóide dentro de um recipiente de vidro denominado dialisador, cujo fundo é constituído de porcelana porosa, que age como uma membrana permeável. 

O dialisador é imerso numa cuba de vidro que contém o dispergente puro em constante circulação. 

O dispergente atravessa facilmente a porcelana porosa do dialisador e arrasta as impurezas para fora purificando o colóide, como mostra o esquema abaixo: 

Eletrodiálise 

Caso as impurezas que contaminam o colóide sejam de natureza iônica, é possível acelerar a difusão dessas impurezas pelo dializador aplicando-se um campo elétrico através de eletrodos acoplados à cuba de vidro, como mostra o esquema a seguir. 

A estabilidade e a destruição de um colóide 

Vou acabar mudando de curso desse jeito. Tomando gosto pelo assunto. Abraços!

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RD Resoluções

O efeito de Tyndall é a dispersão da luz quando um feixe de luz passa através de um colóide. As partículas individuais da suspensão se espalham e refletem a luz , tornando o feixe visível. A quantidade de dispersão depende da freqüência da luz e da densidade das partículas. O ângulo através do qual a luz solar na atmosfera é espalhada por moléculas dos gases constituintes varia inversamente como a quarta potência do comprimento de onda; a luz azul será espalhada muito mais fortemente do que a luz vermelha de longo comprimento de onda.

O feixe visível de faróis no nevoeiro é causado pelo efeito Tyndall. As gotas de água dispersam a luz, tornando visíveis os faróis dos faróis. Brilhar um feixe de luz em um copo de leite é uma excelente demonstração do efeito Tyndall. Você pode querer usar leite desnatado ou então diluir o leite com um pouco de água para que você possa ver o efeito das partículas coloidais no feixe de luz.

É particularmente aplicável a misturas coloidais e suspensões finas; Por exemplo, o efeito Tyndall é usado em nefelômetros para determinar o tamanho e a densidade de partículas em aerossóis e outros materiais coloidais.

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