Geraldo, boa tarde!!
Na obrigação natural, ao contrario da civilis, o credor não tem direito a exigir e o devedor não está adstrito a prestar; mas, se este efetuar o pagamento, não faz qualquer liberalidade, porém verdadeiro pagamento, que para o accipienesgera o direito de reter a prestação recebida, que se torna irrepetível. A tutela jurisdicional atrofia-se, torna-se mais atenuada, menos plena, reduzindo-se à defesa por meio da execução. Sobre a novação, assim acontece, a obrigação natural não mais suscetível de ser novada. Lições existem, não há duvida, em sentido contrario, afirmando que “quem se sentir vinculado a uma obrigação moral, de consciência ou de honra, não esta impedido de assumir, em substituição, uma obrigação civilmente eficaz”.
Nas obrigações naturais, temos credor, devedor, objeto e vínculo entre eles, tal como se vê nas obrigações civis como um todo.
Entretanto, as obrigações naturais não são dotadas de exigibilidade, razão pela qual existem, mas seu pagamento somente se dará por ato voluntário do devedor ou quando este renunciar, expressa ou tacitamente, à causa de inexigibilidade, como a prescrição, sendo certo que a renúncia faria deixar de existir a obrigação natural, para nascer obrigação civil.
Enfim, quanto à novação, não é possível ser feita com a obrigação natural, pois um dos requisitos exigidos é justamente a existência de obrigação exigível, o que não existe na obrigação natural, por definição própria.
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