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O REINO MORAL

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LR

A categoria de “reino moral” presente nas obras de Durkheim represe-se a mediação moral da sociabilidade de um grupo social. O individuo parte de uma sociedade vive cercado pela externalidade, pelas coisas que lhe são externas e ao mesmo tempo mediados pelo senso comum, pelo que é normal. A vida social, dada e normalizada é o próprio reino moral. O trabalho, por exemplo, é fundamental para a reprodução da vida mas não primeiramente em seu aspecto de materialidade, de transformação da natureza pelo homem, mas sim em seu aspecto moralizante. A divisão social do trabalho já é dada, é externa ao homem, existe independente da opinião isolada de um indivíduo e ao mesmo tempo é potencialmente moralizante, organizada, estruturada com a finalidade de transparecer o que é normal. Assim a função primeira do trabalho, segundo Durkheim, é organizar as formas possíveis de vivencia do homem em sociedade, o trabalho pertence então ao Reino Moral. A economia, a religião, a família, tanto quanto o trabalho, também pertencem ao reino moral.

A economia, a religião e a família são singularidades importantes para a manutenção da vida, é na apreciação dessas singularidades, vistas como ‘coisas’ por serem tanto externas ao homem como generalizadas no senso comum, que se torna possível destacar determinados comportamentos como categorias, como fatos/fenômenos sociais. O autor afirma também que o único método que compete a Sociologia é o comparativo, sendo assim a empiria é fundamental, desde que entendida de acordo com sua composição, a fim de traçar uma análise indutiva das ações a serem verificadas. Para Durkheim existe uma relação de causa e efeito, mas não no sentido de gerar um telo, uma finalidade, “quando se procura explicar um fenômeno social, é preciso pesquisar separadamente a causa eficiente que o produz e a função que ele cumpre” (DURKHEIM, 1966: 97) – o autor não acredita no finalismo porque a própria realidade gera mudanças de acordo com as necessidades, mesmo que seja uma mobilidade inconsciente.

Diante de seu tempo e das novas formas geradas tanto pelo crescimento das cidades, quanto pela transformação das relações que envolvem os meios de produção e a economia, Durkheim alerta para a "anomia jurídica e moral em que se encontra atualmente a vida econômica”, verificando que a moral estabelecida é “tão imprecisa e tão inconsistente [que] não seria capaz de constituir uma disciplina”, e tal disciplina (regramento) é necessária caso contrário a sociedade corre grandes riscos de afundar em meio à patologias perigosas, pois "As paixões humanas só se detêm diante de uma força moral que elas respeitam. Se qualquer autoridade desse gênero inexiste, é a lei do mais forte que reina e, latente ou agudo, o estado de guerra é necessariamente crônico." (DURKHEIM, 1990: VII). Para o autor a solução dessa anomia está na divisão do trabalho social, entendida como um fenômeno moral.  A coesão de uma sociedade depende de como ela se aglutina em torno de uma moral. Não há sociedade que não tenha uma noção de moralidade e que não a use para obter coesão social. A partir do método comparativo, é possível destacar os tipos sociais e sua moralidade, não há nessa teoria uma preocupação com os mecanismos práticos da divisão do trabalho, mas sim com a consciência coletiva/comum dessa organização, ou seja, com a moralidade dos tipos sociais. Inerente a coesão social, a moralidade está ligada a um consenso necessário, ou seja uma consciência coletiva (eu comum), podemos chamar este consenso de solidariedade. Há uma função na divisão do trabalho social, que configura-se mais como uma necessária organização social, do que como algo que possua um fim, ou um objetivo final claro, em outras palavras, a moral é mais importante que a ciência por exemplo ou que a economia: É uma questão moral não ignorar os conhecimentos da Ciência, mas a moral em si não é objeto da ciência – a ideia se senso comum é a anterior a definição de um crime, você reprova não por ser um crime, e sim é crime porque você reprova; Os frutos econômicos que a divisão do trabalho venha a proporcional, estão longe de serem tão importantes quando o efeito moralizante que a divisão do trabalho pode vir a ter.

Definido então o a divisão do trabalho social como elemento organizativo fundamental pautado nas relações de solidariedade, Durkheim aponta que há dois tipos de solidariedade, uma mecânica e outra orgânica. Toda solidariedade mecânica mantem um elemento da religião, ao afirmar isso torna-se necessário dois apontamentos. Primeiramente significa ser um tipo de solidariedade já conhecida e anterior ao tempo onde a complexidade das cidades e da economia alteram as formas do comportamento humano antigo (rural). Segundo, deter este elemento significa estar às voltas de uma moralidade desenvolvida através de um consenso tradicional que é dado ao indivíduo prontamente nos meios aos quais se dá seu crescimento: família, igreja e escola. A solidariedade mecânica comporta-se como um padrão moral inerente a cultura local, naturalizado e herdado de geração em geração, e possui um efeito identitário que gera tanto coesão quanto controle social. Solidariedade orgânica, por outro lado, pode ser explicada mencionando aqui o exemplo dos sindicatos: em uma sociedade rural o núcleo familiar representava a organização onde os trabalhadores se aglutinavam (assim imersos num tipo de solidariedade mecânica), em uma sociedade industrializada, os sindicatos se tornam um local privilegiado onde os trabalhadores se aglutinam em função das similitudes da vida profissional que compartilham. Quanto mais complexa é a divisão do trabalho, maior é a necessidade de integração entre os agrupamentos de trabalho, dentro de um sindicato os trabalhadores organizam-se de acordo com seus ofícios – "regras precisas estabeleciam, para cada ofício, os respectivos deveres dos patrões” (DURKHEIM, 1990: XIX) – em torno de uma “preocupação, não com esses ou aqueles interesses individuais, mas com o interesse corporativo, bem ou mal compreendido, pouco importa” (DURKHEIM, 1990: XIX). Quando o trabalhador subordina sua vontade privada a vontade comum, o faz movido por uma moralidade, “pois implica necessariamente algum espírito de sacrifício e de abnegação" (DURKHEIM, 1990: XIX). Enquanto a solidariedade mecânica prevém de um moralidade dada e de tendências conservadoras, a solidariedade orgânica nasce se um tipo de moralidade moldada em torno de um conjunto de indivíduos semelhantes que estabelecem entre si uma relação de interdependência mediante da necessidade de equilibrar as forças dentro de uma sociedade capitalista, anulando a anomalia que geraria desordem e patologia. Não somos, por natureza, propensos a nos incomodar e a nos coagir; por tanto, se não formos convidados a cada instante a exercer sobre nós essa coerção sem a qual não há moral, como nos acostumaríamos a ela? Se, nas ocupações que preenchem quase todo nosso tempo, não seguirmos outra regra que a do nosso interesse próprio, como tomaríamos gosto pelo desinteresse, pela renúncia de si, pelo sacrifício? Assim, a ausência de qualquer disciplina econômica não pode deixar de estender seus efeitos além do próprio mundo econômico e acarretar uma diminuição da moralidade pública. (DURKHEIM, 1990: IX).

Citações complementares:

Sobre regramento: "De fato, uma regra não é apenas uma maneira habitual de agir; é, antes de mais nada uma maneira de agir obrigatória, isto é, que escapa, em certa medida, do arbítrio individual." (DURKHEIM, 1999: X).

Sobre os riscos que a sociedade corre (patologias perigosas): "Não somos, por natureza, propensos a nos incomodar e a nos coagir; por tanto, se não formos convidados a cada instante a exercer sobre nós essa coerção sem a qual não há moral, como nos acostumaríamos a ela? Se, nas ocupações que preenchem quase todo nosso tempo, não seguirmos outra regra que a do nosso interesse próprio, como tomaríamos gosto pelo desinteresse, pela renúncia de si, pelo sacrifício? Assim, a ausência de qualquer disciplina econômica  não pode deixar de estender seus efeitos além do próprio mundo econômico e acarretar uma diminuição da moralidade pública." (DURKHEIM, 1999: IX); "Uma regulamentação moral ou jurídica exprime, pois, essencialmente, necessidades sociais que só a sociedade pode conhecer; ela repousa num estado de opinião, e toda opinião é coisa coletiva, produto de uma elaboração coletiva. Para que a anomia tenha fim, é necessário, portanto, que exista ou que se forme um grupo em que se possa constituir o sistema de regras atualmente inexistente." (DURKHEIM, 1999: X).

Citação sobre a consciência coletiva (eu comum): "A partir do instante em que, no seio de uma sociedade política, certo número de indivíduos têm em comum ideias, interesses, sentimentos, ocupações que o resto da população não partilha com eles, é inevitável que, sub influencia dessas similitudes, eles sejam atraídos uns para os outros, que se procurem, teçam relações, se associem e que se fome assim, pouco a pouco, um grupo restrito, com sua fisionomia especial no seio da sociedade geral. Porém, uma vez formado o grupo, dele emana uma vida moral que traz, naturalmente, a marca das condições particulares em que é elaborada. Porque é impossível que homens vivam juntos, estejam regularmente em contato, sem adquirirem o sentimento do todo que formam por sua união, sem que se apeguem a esse todo, se preocupem com seus interesses e o levem em conta em sua conduta. Ora, esse apego a algo que supera o indivíduo, essa subordinação dos interesses particulares ao interesse geral, é a própria fonte de toda atividade moral. Basta que esse sentimento se precise e se determine, que, aplicando-se às circunstancias mais ordinárias e mais importantes da vida, se traduza em fórmulas definidas, para que se tenha um corpo de regras morais em via de se constituir." (DURKHEIM, 1999: XXI).

Referencias Bibliográficas:

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 4ed, 1966.

DURKHEIM, Émile. 1999. Da divisão do trabalho social, São Paulo: Martins Fontes:1-109.

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Priscila Rodrigues

A categoria de “reino moral” presente nas obras de Durkheim represe-se a mediação moral da sociabilidade de um grupo social. O individuo parte de uma sociedade vive cercado pela externalidade, pelas coisas que lhe são externas e ao mesmo tempo mediados pelo senso comum, pelo que é normal. A vida social, dada e normalizada é o próprio reino moral. O trabalho, por exemplo, é fundamental para a reprodução da vida mas não primeiramente em seu aspecto de materialidade, de transformação da natureza pelo homem, mas sim em seu aspecto moralizante. A divisão social do trabalho já é dada, é externa ao homem, existe independente da opinião isolada de um indivíduo e ao mesmo tempo é potencialmente moralizante, organizada, estruturada com a finalidade de transparecer o que é normal. Assim a função primeira do trabalho, segundo Durkheim, é organizar as formas possíveis de vivencia do homem em sociedade, o trabalho pertence então ao Reino Moral. A economia, a religião, a família, tanto quanto o trabalho, também pertencem ao reino moral.

A economia, a religião e a família são singularidades importantes para a manutenção da vida, é na apreciação dessas singularidades, vistas como ‘coisas’ por serem tanto externas ao homem como generalizadas no senso comum, que se torna possível destacar determinados comportamentos como categorias, como fatos/fenômenos sociais. O autor afirma também que o único método que compete a Sociologia é o comparativo, sendo assim a empiria é fundamental, desde que entendida de acordo com sua composição, a fim de traçar uma análise indutiva das ações a serem verificadas. Para Durkheim existe uma relação de causa e efeito, mas não no sentido de gerar um telo, uma finalidade, “quando se procura explicar um fenômeno social, é preciso pesquisar separadamente a causa eficiente que o produz e a função que ele cumpre” (DURKHEIM, 1966: 97) – o autor não acredita no finalismo porque a própria realidade gera mudanças de acordo com as necessidades, mesmo que seja uma mobilidade inconsciente.

Diante de seu tempo e das novas formas geradas tanto pelo crescimento das cidades, quanto pela transformação das relações que envolvem os meios de produção e a economia, Durkheim alerta para a "anomia jurídica e moral em que se encontra atualmente a vida econômica”, verificando que a moral estabelecida é “tão imprecisa e tão inconsistente [que] não seria capaz de constituir uma disciplina”, e tal disciplina (regramento) é necessária caso contrário a sociedade corre grandes riscos de afundar em meio à patologias perigosas, pois "As paixões humanas só se detêm diante de uma força moral que elas respeitam. Se qualquer autoridade desse gênero inexiste, é a lei do mais forte que reina e, latente ou agudo, o estado de guerra é necessariamente crônico." (DURKHEIM, 1990: VII). Para o autor a solução dessa anomia está na divisão do trabalho social, entendida como um fenômeno moral. A coesão de uma sociedade depende de como ela se aglutina em torno de uma moral. Não há sociedade que não tenha uma noção de moralidade e que não a use para obter coesão social. A partir do método comparativo, é possível destacar os tipos sociais e sua moralidade, não há nessa teoria uma preocupação com os mecanismos práticos da divisão do trabalho, mas sim com a consciência coletiva/comum dessa organização, ou seja, com a moralidade dos tipos sociais. Inerente a coesão social, a moralidade está ligada a um consenso necessário, ou seja uma consciência coletiva (eu comum), podemos chamar este consenso de solidariedade. Há uma função na divisão do trabalho social, que configura-se mais como uma necessária organização social, do que como algo que possua um fim, ou um objetivo final claro, em outras palavras, a moral é mais importante que a ciência por exemplo ou que a economia: É uma questão moral não ignorar os conhecimentos da Ciência, mas a moral em si não é objeto da ciência – a ideia se senso comum é a anterior a definição de um crime, você reprova não por ser um crime, e sim é crime porque você reprova; Os frutos econômicos que a divisão do trabalho venha a proporcional, estão longe de serem tão importantes quando o efeito moralizante que a divisão do trabalho pode vir a ter.

Definido então o a divisão do trabalho social como elemento organizativo fundamental pautado nas relações de solidariedade, Durkheim aponta que há dois tipos de solidariedade, uma mecânica e outra orgânica. Toda solidariedade mecânica mantem um elemento da religião, ao afirmar isso torna-se necessário dois apontamentos. Primeiramente significa ser um tipo de solidariedade já conhecida e anterior ao tempo onde a complexidade das cidades e da economia alteram as formas do comportamento humano antigo (rural). Segundo, deter este elemento significa estar às voltas de uma moralidade desenvolvida através de um consenso tradicional que é dado ao indivíduo prontamente nos meios aos quais se dá seu crescimento: família, igreja e escola. A solidariedade mecânica comporta-se como um padrão moral inerente a cultura local, naturalizado e herdado de geração em geração, e possui um efeito identitário que gera tanto coesão quanto controle social. Solidariedade orgânica, por outro lado, pode ser explicada mencionando aqui o exemplo dos sindicatos: em uma sociedade rural o núcleo familiar representava a organização onde os trabalhadores se aglutinavam (assim imersos num tipo de solidariedade mecânica), em uma sociedade industrializada, os sindicatos se tornam um local privilegiado onde os trabalhadores se aglutinam em função das similitudes da vida profissional que compartilham. Quanto mais complexa é a divisão do trabalho, maior é a necessidade de integração entre os agrupamentos de trabalho, dentro de um sindicato os trabalhadores organizam-se de acordo com seus ofícios – "regras precisas estabeleciam, para cada ofício, os respectivos deveres dos patrões” (DURKHEIM, 1990: XIX) – em torno de uma “preocupação, não com esses ou aqueles interesses individuais, mas com o interesse corporativo, bem ou mal compreendido, pouco importa” (DURKHEIM, 1990: XIX). Quando o trabalhador subordina sua vontade privada a vontade comum, o faz movido por uma moralidade, “pois implica necessariamente algum espírito de sacrifício e de abnegação" (DURKHEIM, 1990: XIX). Enquanto a solidariedade mecânica prevém de um moralidade dada e de tendências conservadoras, a solidariedade orgânica nasce se um tipo de moralidade moldada em torno de um conjunto de indivíduos semelhantes que estabelecem entre si uma relação de interdependência mediante da necessidade de equilibrar as forças dentro de uma sociedade capitalista, anulando a anomalia que geraria desordem e patologia. Não somos, por natureza, propensos a nos incomodar e a nos coagir; por tanto, se não formos convidados a cada instante a exercer sobre nós essa coerção sem a qual não há moral, como nos acostumaríamos a ela? Se, nas ocupações que preenchem quase todo nosso tempo, não seguirmos outra regra que a do nosso interesse próprio, como tomaríamos gosto pelo desinteresse, pela renúncia de si, pelo sacrifício? Assim, a ausência de qualquer disciplina econômica não pode deixar de estender seus efeitos além do próprio mundo econômico e acarretar uma diminuição da moralidade pública. (DURKHEIM, 1990: IX).

Citações complementares:

Sobre regramento: "De fato, uma regra não é apenas uma maneira habitual de agir; é, antes de mais nada uma maneira de agir obrigatória, isto é, que escapa, em certa medida, do arbítrio individual." (DURKHEIM, 1999: X).

Sobre os riscos que a sociedade corre (patologias perigosas): "Não somos, por natureza, propensos a nos incomodar e a nos coagir; por tanto, se não formos convidados a cada instante a exercer sobre nós essa coerção sem a qual não há moral, como nos acostumaríamos a ela? Se, nas ocupações que preenchem quase todo nosso tempo, não seguirmos outra regra que a do nosso interesse próprio, como tomaríamos gosto pelo desinteresse, pela renúncia de si, pelo sacrifício? Assim, a ausência de qualquer disciplina econômica não pode deixar de estender seus efeitos além do próprio mundo econômico e acarretar uma diminuição da moralidade pública." (DURKHEIM, 1999: IX); "Uma regulamentação moral ou jurídica exprime, pois, essencialmente, necessidades sociais que só a sociedade pode conhecer; ela repousa num estado de opinião, e toda opinião é coisa coletiva, produto de uma elaboração coletiva. Para que a anomia tenha fim, é necessário, portanto, que exista ou que se forme um grupo em que se possa constituir o sistema de regras atualmente inexistente." (DURKHEIM, 1999: X).

Citação sobre a consciência coletiva (eu comum): "A partir do instante em que, no seio de uma sociedade política, certo número de indivíduos têm em comum ideias, interesses, sentimentos, ocupações que o resto da população não partilha com eles, é inevitável que, sub influencia dessas similitudes, eles sejam atraídos uns para os outros, que se procurem, teçam relações, se associem e que se fome assim, pouco a pouco, um grupo restrito, com sua fisionomia especial no seio da sociedade geral. Porém, uma vez formado o grupo, dele emana uma vida moral que traz, naturalmente, a marca das condições particulares em que é elaborada. Porque é impossível que homens vivam juntos, estejam regularmente em contato, sem adquirirem o sentimento do todo que formam por sua união, sem que se apeguem a esse todo, se preocupem com seus interesses e o levem em conta em sua conduta. Ora, esse apego a algo que supera o indivíduo, essa subordinação dos interesses particulares ao interesse geral, é a própria fonte de toda atividade moral. Basta que esse sentimento se precise e se determine, que, aplicando-se às circunstancias mais ordinárias e mais importantes da vida, se traduza em fórmulas definidas, para que se tenha um corpo de regras morais em via de se constituir." (DURKHEIM, 1999: XXI).

Referencias Bibliográficas:

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 4ed, 1966.

DURKHEIM, Émile. 1999. Da divisão do trabalho social, São Paulo: Martins Fontes:1-109.

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