São eles: o dano moral, o dano estético e o dano existencial.
O dano moral é aquele que viola direitos básicos da personalidade, causando abalos ao estado emocional e ao bem-estar da vítima. Meros dissabores do cotidiano não configuram essa espécie de dano. Deve haver um impacto relevante ao lesado, de maneira a necessitar de alguma forma de reparo.
A análise sobre sua ocorrência é individualizada em cada caso concreto e a vítima poderá ser indenizada, como forma compensatória ao abalo sofrido. O valor será calculado de acordo com as peculiaridades do caso.
Existem alguns casos em que o dano moral é considerado presumidor pela doutrina e jurisprudência, independendo de provas. Um exemplo é a inscrição indevida, sem prévia comunicação, em órgãos de proteção ao crédito. Neste caso, de acordo com a súmula 385 do STJ, basta a comprovação da negativação, desde que não exista nenhuma inscrição anterior e legítima.
Acontece que, diante da imensidão de direitos fundamentais protegidos pela Constituição Federal brasileira, em especial a dignidade da pessoa humana, surgiram novas formas de violação subjetiva. O dano moral se torna insuficiente para acobertar às novas demandas.
Assim, assim surgem novas espécies autônomas de danos, decorrentes de estudos doutrinários e entendimentos jurisprudenciais.
O dano estético, diferentemente do dano moral, não atinge a esfera psíquica da vítima, mas sim a sua integridade física. É aquele que provoca algum tipo alteração na forma física, causando deformidades, marcas, lesões que gerem a sensação de “enfeiamento”.
Um exemplo é uma cicatriz de grande extensão no rosto de uma pessoa causada por uma agressão física. Ou ainda, a perda de um membro do corpo, como uma perna, decorrente de um acidente de trânsito.
Trata-se de espécie autônoma, aceita de forma pacífica no ordenamento jurídico brasileiro e pode ser concedido de forma cumulativa ao dano moral, uma vez que o dano à integridade física acarreta também consequências emocionais ao lesado. O Superior Tribunal de Justiça editou a súmula 387, consagrando que “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.”.
O dano existencial consiste naquele que cause lesões à rotina e projetos de vida de uma pessoa, impossibilitando-a de desfrutar de atividades de seu cotidiano, como praticar esportes, viajar, participar de reuniões. A depender da extensão, pode afetar até mesmo o exercício de atividade laborativa e relacionamentos sociais.
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Direito de Família e Responsabilidade Civil
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