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Como argumentar com uma criança de 5 ou 6 anos para faze-los aceitar um novo casamento da mãe? Trabalho de tecnicas de argumentação juridica.

💡 1 Resposta

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Rayzeen .

Bom Dia Dulcineia.

É muito complicado explicar para uma criança que a mamãe ou o papai dela irá se casar com outra pessoa, pois nessa idade ela não possui a capacidade necessária para compreender o que está acontecendo, digo por experiência própria.

Entretanto, como se trata do TEMA, "ARGUMENTAÇÃO JURIDICA", eis aqui, com o que você deve se ater.

O ponto de partida para qualquer argumentação é o caráter ÉTICO e não simplesmente LÓGICO. Uma das características para uma boa argumentação é o seu compromisso com a verdade. Podemos dizer que: "A argumentação é uma das formas de convencimento, mas nem toda forma de convencimento é argumentação".

Em relação à questão ética, Breton (2003, p. 35) realça que:

“Toda ação está ligada a uma ética que, acima dela, fixa seus limites, a partir de critérios exteriores ao funcionamento da própria ação. Sem esta ligação, a argumentação estaria condenada a ter como único critério a eficácia.”

Aristóteles, no Organon distinguia entre analítica e dialética. A analítica era a parte da lógica que estudava o raciocínio científico, o raciocínio que se impõe como verdadeiro; certo e de alguma forma evidente. Assim, raciocínios analíticos são aqueles que, partindo de premissas necessárias derivam, mediante um processo de inferência válido, conclusões necessárias e válidas. Como se sabe, na teoria acerca dos silogismos categóricos, considerados como raciocínios analíticos, é impossível que a conclusão seja falsa, a partir de premissas corretas e, de uma estrutura correta.

Ao contrário da analítica, a dialética tinha por objeto os raciocínios prováveis, que, partem de premissas prováveis e geram, não a certeza, mas a opinião, a crença. Os raciocínios dialéticos foram examinados por Aristóteles nos Tópicos, na Retórica e nas Refutações Sofísticas.

Porém, é importante frisar que Aristóteles não concebia o raciocínio dialético como simples retórica guiada com o objetivo de, a qualquer preço, obter vitória em debates (políticos ou forenses). Esses argumentos, que tinham por único objetivo convencer a qualquer custo, recebiam, o nome de erísticos, e estavam alicerçados em premissas apenas aparentemente prováveis. Segundo a tradição, tais tipos de argumentos eram comuns entre os sofistas.

De forma resumida, podemos, delimitar o campo da argumentação, a partir de quatro elementos:

1) Argumentar é comunicar.

2) Argumentar não é convencer a qualquer preço.

3) Argumentar é raciocinar.

4) Argumentar é propor e dar aos outros razões para aderir à proposta.

Tendo em vista que você tenha compreendido que numa argumentação você deve manter o seu compromisso com a verdade e não somente para "vencer debates", eis aqui um esquema geral para argumentação.

Acima de tudo, argumentar é um ato bastante complexo, é propor ao outro boas razões para ser convencido a partilhar de uma opinião. Isso requer um grande conhecimento acerca daquilo que será discutido. É um ato que requer ética.

 

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