CONTINUAÇÃO
a) A desconsideração da personalidade jurídica tem como consequência imediata a dissolução da pessoa jurídica, pois ao se desconsiderar a autonomia patrimonial, princípio basilar às pessoas jurídicas, que consiste na separação entre o patrimônio pertencente à instituição e os bens particulares de seus membros, não há como subsistir a personalização da sociedade empresária.
b) Para a validade da alienação do patrimônio da fundação é imprescindível a autorização judicial com a participação do órgão do Ministério Público com atribuição para o velamento das fundações, formalidade que, se suprimida, acarreta a nulidade do ato negocial.
c) Somente o órgão do Ministério Público com atribuição para o velamento das fundações poderá promover a extinção judicial ou administrativa da fundação, se vencido o prazo de sua existência ou se tornar ilícita, impossível ou inútil a sua finalidade.
d) Após a aquisição da personalidade jurídica pela fundação de direito privado, que ocorre com o registro do estatuto, o instituidor assume a sua administração provisória, podendo exercer qualquer atribuição que o estatuto outorgar a um dos seus órgãos internos.
e) A associação é uma pessoa jurídica de direito privado voltada à realização de interesses de seus associados ou de uma finalidade de interesse social, cuja existência legal surge com o registro de seu estatuto, em forma pública, aprovado pelo Ministério Público, como condição prévia ao seu registro em cartório.
A alternativa "A" está errada na minha opinião, pois em matéria empresarial, a pessoa jurídica nada mais é do que uma técnica de separação patrimonial, logo, se há confusão patrimonial que impossibilite a distinção e/ou a separação patrimonial tornar-se inviável a manutenção do princípio da autonomia da personalidade jurídica, posto que não faz mais sentido a separação patrimonial da pessoa jurídica, se ela na prática tornou-se inexistente. A pessoa jurídica não é dissolvida, ficando desconsiderada apenas para determinadas obrigações.
A alternativa "B" está correta, pois, quanto aos bens das fundações, esses são geralmente inalienáveis, pois sua existência é imprescindível à concretização dos fins visados pelo instituidor. Entretanto, comprovada a necessidade da alienação, esta pode ser autorizada pelo juiz após audiência do Ministério Público, velador das fundações, conforme art. 66, CC.
A alternativa "C" está errada, pois como dita o art. 69, CC, qualquer interessado lhe promoverá a extinção.
A alternativa "D" está errada, pois o Estatuto deverá trazer em seu texto a forma de votação para o exercício dos cargos, devendo obedecer a maioria dos votos, definindo as pessoas naturais que os exercerão. Logo, o instituidor não tem o livre poder para decidir qual cargo ocupará.
A alternativa "E" está errada, pois a existência legal da associação não depende de prévia aprovação do Ministério Público, bastando os requisitos do art. 54, CC.
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