Eficácia subjetiva das decisões proferidas em ADI: quem são as pessoas atingidas?
As decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF no julgamento de ADI, ADC ou ADPF possuem eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante. Isso está previsto no § 2º do art. 102 da CF/88:
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Não, sob pena de a questão nunca mais poder ser rediscutida, o que não se pode admitir em sede de controle concentrado.
É que a Constituição é composta de cláusulas abertas e pode ser alterada por procedimentos formais ou por mutação constitucional justamente para se adaptar à sociedade que muda com o passar do tempo (historicidade).
Dessa forma, não é cabível engessar nossa Corte Constitucional, vedando a possibilidade de revisões futuras de seus entendimentos.
Nada obstante, faz coisa julgada formal, ou seja, o STF não pode, por iniciativa própria, rediscutir ação que já transitou em julgado.
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