Domicílio convencional é aquele em que as partes integrantes de um contrato escolhem para os efeitos daquele contrato específico. Art. 78 CC.
O art. 78 CC diz que apenas nos contratos ESCRITOS poderão escolher o domicílio convencional.
Ex.: Você mora em São Paulo, mas celebra um contrato de prestação de serviços em Campinas-SP. Neste contrato vocês (as partes) elegem o município de Campinas como foro para dirimir possíveis conflitos.
Nos ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves (Direito Civil Esquematizado, 2011), temos que o domicílio convencional ou volutário pode ser:
a) geral (escolhido livremente); ou
b) especial (fixado com base no contrato, sendo denominado, conforme o caso, foro contratual ou de eleição).
Domicílio voluntário geral ou comum é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a liberdade de estabelecer o local em que pretende instalar a sua residência com ânimo definitivo, bem como de mudá-lo, quando lhe convier (CC, art. 74).
Já o domicílio voluntário especial pode ser o do contrato, a que alude o art. 78 do Código Civil, e o de eleição, disciplinado no art. 111 do Código de Processo Civil. Foro do contrato: é a sede jurídica ou o local especificado no contrato para o cumprimento das obrigações dele resultantes. Foro de eleição: é o escolhido pelas partes para a propositura de ações relativas às referidas obrigações e direitos recíprocos. Prescreve o mencionado art. 111 do Código de Processo Civil que as partes “podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações”
Não há impedimento para que o domicílio convencional seja estipulado em contrato verbal.
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