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Valor da Causa e pedido

Disserte sobre valor da causa e pedido

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Ole Ôncio

Indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido: são as causas de pedir que podem ser modificadas: antes da citação do réu, mediante requerimento do autor; após a citação, com consentimento do réu (art. 264/CPC); na revelia, após a nova citação do réu.

 

Fato (causa de pedir remota): todo direito ou interesse a ser tutelado surge em razão de um fato ou um conjunto deles, por isso eles são necessários na petição inicial. Ex: direito de rescindir o contrato de locação (fato gerador do direito) em razão do não pagamento dos aluguéis (fato gerador da obrigação do réu).

 

Fundamentos jurídicos (causa de pedir próxima): que não é a indicação do dispositivo legal que protege o interesse do autor.

 

Indicação do pedido, com suas especificações: pois ele também limita a atuação jurisdicional.

 

  • Pedido Imediato: é sempre certo e determinado. É o pedido de uma providência jurisdicional do Estado (Ex: sentença condenatória, declaratória, constitutiva, cautelar, executória etc). 

 

  • Pedido Mediato: pode ser genérico nas hipóteses previstas na lei. É um bem que o autor pretende conseguir com essa providência. 

 

  • Pedido Alternativo: (art. 288/CPC) Ex: peço anulação do casamento ou separação judicial. 

 

  • Pedido Cumulativo: (art. 292/CPC) desde que conexos os pedidos podem ser cumulados.

 

Porém, nem sempre o autor pode definir o seu pedido.  Nas ações universais, o autor não pode definir o pedido porque há uma universalidade de bens. Ex: petição de herança. Em algumas ações não se pode definir o quantum debeatur. Ex: indenização de danos que estão sucedendo.

 

Valor da Causa: toda causa deve ter um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico (art. 258/CPC), pois tal valor presta a muitas finalidades, como:

 

  • base de cálculo para taxa judiciária ou das custas (Lei Est./SP 4952/85, art. 4°) 

 

  • definir a competência do órgão judicial (art. 91/CPC) 

 

  • definir a competência dos Juizados Especiais (Lei 9099/95, art. 3°, I) 

 

  • definir o rito a ser observado (art. 275/CPC) 

 

  • base de multa imposta ao litigante de má-fé (art. 18/CPC) 

 

  • base para o limite da indenização

 

Os art. 259 e 260 do Código Civil indicam qual o valor a ser atribuído à algumas causas, sob pena do juiz, de ofício, corrigir a petição inicial, determinando o recolhimento da diferença.

 

Se não se tratar de causa prevista nestes artigos e o seu valor estiver incorreto, a correção dependerá de impugnação do réu, ouvindo-se o autor em 5 dias. Após alteração da petição, o juiz determinará o recolhimento das custas faltantes (art. 261/CPC).

 

Indicação das provas pelo autor (art. 282, VI/CPC): é praxe forense deixar de indicar as provas, apenas protestando na inicial “todas que sejam necessárias”. Em razão disso, surgiu um despacho inexistente no procedimento: "indiquem as partes as provas que efetivamente irão produzir".

Tipos de provas:

a) Documental: fatos que são comprovados somente por escrito.

b) Pericial: fatos que dependem de parecer técnico.

c) Testemunhal: fatos demonstráveis por testemunhas.

 

Em: http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/150/Peticao-inicial

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