CONTINUAÇÃO...
Brasil a respeito dessa teoria.
ótima pergunta Ariani. A nova lei de drogas aumentou a pena mínima do crime de tráfico, em relação à lei de drogas anterior. Contudo, ela tem um parágrafo redutor de pena que não existia na lei anterior. Consequência: você pode pegar o redutor da nova lei e aplicar para o condenado nos moldes da lei anterior (em que o mínimo era inferior)? 2 correntes:
--> o STF históricamente dizia que não, seguindo vários nomes da doutrina como Heleno Claudio Fragoso, Anibal Bruno e Fredericos Marques. Segundo esse entendimento, que é a teoria da ponderação global (ou unitária), essa situação de buscar um dispositivo de uma lei e misturar com um disposito da lei revogada constitui atividade legislativa, a criação de uma lex tertia (terceira lei). Quando o judiciário cria uma terceira lei está se arvorando à condição de legislador, o que lhe é vedado. Nesse sentido temos a recente súmula 501 do STJ.
--> sim. Segundo forte corrente doutrinária morderna é possivel (rogério greco, paulo queirox, francisco asiss toledo, cezar roberto bittencourt). Para eles trata-se de obediência ao comando constituicional de ultra-atividade e retroatividade da lei benéfica. O STF, em um hc sobre a situação da lei de drogas que apontei, criou um precedente de adoção deste entendimento. A decisão ficou empatada em 5x5, e como se tratava de HC o empate é favorável ao réu. Contudo não se pode afirmar que o STF atualmente admite a teoria da ponderação diferenciada, pois há precedentes recentes voltando à adoção da teoria da ponderação global.
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Direito Constitucional I
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Direito Penal, Direito Civil, Direito Natural, Direitos Humanos
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