O princípio da boa-fé objetiva impõe uma regra de conduta, tratando-se de um verdadeiro controle das cláusulas e práticas abusivas em nossa sociedade. A boa-fé é uma regra ética de conduta e tem algumas funções como: fonte de novos deveres de conduta reunido à relação contratual; limitadora dos direitos subjetivos advindos da autonomia da vontade, bem como norma de interpretação e integração do contrato.
Doutrinariamente, o princípio da boa-fé objetiva é o conjunto de deveres exigidos e esperados em relação aos negócios jurídicos, com vistas à correta conduta dos contratantes em relação a probidade, honradez, boa-fé subjetiva e honestidade.
Alem disso, o a doutrina tambem elenca quatro fases dos contratos, sendo elas de negociações preliminares, proposta, contato preliminar e contrato definitivo.
Acerca da aplicação da boa-fé contratual, o CC/02 determina que:
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução , os princípios de probidade e boa-fé.
Lendo a letra fria da lei, poderíamos concluir que a boa-fé contratual deve ser observada somente nas fases de conclusão e execução.
Diante disso, a doutrina, por meio do Enunciado nº 25 da da 1ª Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal firmou entendimento no sentido de que a boa-fé pode ser aplicada tambem nas fases pré e pós-contratuais.
Enunciado 25 - Art. 422 : o art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.
Ou seja, a boa-fé, por sua própria natureza, é esperada não só nas fases de conclusão e execução, mas sim em todas as fases do negócio jurídico.
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