Olá Sheyla, Tudo bem?
Vamos lá!
No Direito Obrigacional, o fim natural da obrigação é o seu efetivo cumprimento. Exemplificando: José (devedor) deve R$ 100,00 a João (credor). O fim almejado é a obrigação de dar, ou seja, pagar. E não a coisa em si, dinheiro.
Quando a obrigação deixa de ser cumprida, isso ensejará no seu inadimplemento, que gerará uma responsabilidade do devedor.
As obrigações de dar, fazer e não fazer se caracterizam por serem positivas (dar e fazer) e negativas (não fazer), ou seja, resultam de uma atitude humana, ou da abstenção dela.
O objeto dessas obrigações pode ser específico ou não e o adimplemento ou inadimplemento dessas obrigações trazem consequências que variam de acordo com a existência ou ausência de culpa do devedor.
As obrigações devem ser cumpridas da melhor maneira possível, de acordo com o que foi acordado, como preceitua o princípio contratual pacta sunt servanda.
Espero ter ajudado, bons estudos! :)
O descumprimento de obrigações, no âmbito do direito civil, geram algumas consequências ao devedor, que estão presentes no Código Civil.
As obrigações de dar, se subdividem em: obrigação de dar coisa certa e de dar coisa incerta.
a) Obrigação de dar coisa certa: ocorre o adimplemento da obrigação quando o devedor entrega a coisa específica, que foi acordada com o credor. Contudo, o inadimplemento pode ocorrer se houver a perda ou deteriorização da coisa.
PERDA: perda do objeto antes da entrega.
DETERIORIZAÇÃO: dano ao bem, sem que se perca o seu valor pleno.
a) Obrigação de dar coisa incerta: é objeto definido pelo gênero e quantidade. Antes da escolha da coisa incerta, logicamente, não poderá o devedor alegar perda ou deteriorização da coisa para fins de descumprimento da obrigação, ainda que por força maior ou caso fertuito (art. 246 do CC).
Já as obrigações de fazer, se subdividem em: obrigação de fazer e de não fazer.
a) Obrigação de fazer: se subdivide, ainda, em fungíveis (pode ser realizada pelo devedor ou terceiro) e infungíveis (devedor não pode ser substituído por outro/obrigação personalíssima).
Inadimplemento da obrigação de fazer: pode ocorrer por impossibilidade de realização da prestação ou pelo inadimplemento voluntário da obrigaçção.
- Impossibilidades de realizar a prestação: a obrigação não tem como ser cumprida.
- Inadimplemento voluntário da obrigação de fazer: ocorre quando obrigação não foi cumprida, mas há a possibilidade de cumpri-la.
Obrigação de fazer infungível: o devedr responderá por pernas e danos (art. 247 do CC)
Obrigação de fazer fungível: a obrigação poderá ser cumprida por terceiro, e o credor pode exigir que o devedor arque com os gastos ou perdas e danos (art. 249 do CC)
OBS: Manifesta urgência: quando a mora ou a inadimplência trouxer riscos para o credor - art. 249 do CC: "em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.”
a) Obrigação de não fazer: quando o devedor se compromete a não executar determinado ato, que podia livremente praticar, se não estivesse obrigado em relação ao credor ou terceiro.
Inadimplemento da obrigação de não fazer: ocorre quando o devedor não se abstem do que se obrigou a não fazer.
- Impossibilidade da abstenção do fato:
OBS: Urgência no desfazimento: Art. 249, do CC, parágrafo único: "em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.”
Cabe resaltar, contudo, que processualmente falando, o descumprimento de uma obrigação judicial, segundo dispõe o CPC, pode acarretar em condenação por multa, busca e apreensão, entre outros, senão vejamos:
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. (...)
§ 3o O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando injustificadamente descumprir a ordem judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Prática Simulada do Processo Constitucional
•FMU
Compartilhar