Por que o suicídio é um fato social? Por que este ato pessoal pode ser, e como é sociologicamente explicado?

Fatos Sociais são os aspectos da vida social que modelam nossas ações como indivíduos, tais como o estado da economia ou a influência de religião.

“É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter.”

Pelo estudo de Durkhein é possível perceber que apesar do suicídio ser um ato altamente pessoal foi influenciada pelo mundo social. Ele dizia que o suicídio era um “fato social” que poderia ser explicado apenas por outros fatores sociais, no caso fatores externos ao indivíduo e depois de estudar que tipo de pessoas eram mais predispostas a cometer suicídio relacionou sua explicação a ideia de solidariedade social e a dois tipos de laços dentro da sociedade: a integração social e a regulação social (pessoas bem integradas tinham menos possibilidade de se suicidar). E identificou quatro tipos diferentes de suicídio: o egoístico, o anômico, o altruístico e o fatalista.

• Egoístico: acontece quando o indivíduo está isolado ou quando seus laços com um grupo estão enfraquecidos, ou seja, baixa integração social.
• Anômico: é causado por uma falta de regulação social, ou seja, quando a pessoa perde um “ponto fixo” devido a uma rápida mudança, mais comuns em reviravoltas econômicas.  
• Altruístico: ocorre quando os laços estão tão fortes que a pessoa vive mais pela sociedade do que por ela mesma, exemplo, homens-bombas.
• Fatalista: acontece quando o indivíduo é regulado demais pela sociedade, o que causava sentimento de impotência diante do destino ou da sociedade.

Objeto central da sociologia de Émile Durkheim, um fato social é qualquer forma de coerção sobre os indivíduos que é tida como uma coisa exterior a eles, tendo uma existência independente e estabelecida em toda a sociedade, que é considerada então como caracterizada pelo conjunto de fatos sociais estabelecidos. 

Também se define o fato social como uma norma coletiva com independência e poder de coerção sobre o indivíduo. Para Émile Durkheim, fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo. Não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma espécie nova de fatos. São fatos sociais: regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc.