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CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA É REQUISITO OBRIGATÓRIO PARA O SUJEITO SER CONSIDERADO EMPRESÁRIO NOS TERMOS DO ART. 966, DO CÓDIGO CIVIL?

Empresario

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Emanoel Alexandre

não baseado no art. 981 CC, e arts. 3º e 18-A, da LC nº 123 de 14-12-2006.

é preciso mais atributos como os descritos nestes acima. 

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Gabriel Teixeira Santos

Segue breve explanação por mim efetuada:

CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA É REQUISITO OBRIGATÓRIO PARA O SUJEITO SER CONSIDERADO EMPRESÁRIO NOS TERMOS DO ART. 966, DO CÓDIGO CIVIL?

 

Inicialmente, temos que ponderar que nosso sistema se formou com base no mercantilismo e do “Capitalismo Selvagem” assim como era definido por Marx, fato que foi levando ao atual modelo global econômico, uma vez que estamos com relações cada vez mais curtas de comercio e comunicações, sendo que atualmente até os M.E.I. estão com a possibilidade de ampliar as barreiras econômicas e não ficar só por vender seu produto simplesmente, mas sim, ampliar o alcance desse produto, sua qualidade e consequentemente o mercado consumidor do mesmo com a facilidade de linhas de crédito atualmente.

Há de se ponderar inicialmente os requisitos do artigo 966 do Código Civil o qual traz as seguintes alíneas e requisitos para que inicialmente se defina quem é empresário, uma vez que por diversas vezes encontramos divergências na própria conceituação do dito cujus.

 

“Art. 966 - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”

 

Ora, com este conceito, entendemos que o empresário é tanto a pessoa que  vende churros ou dono de uma padaria  quanto um grande dono de industrias,  pois uma  vez que ambos exercem profissionalmente atividade econômica organizada e de tal forma produzem e circulam bens ou serviços. Como foi escrito pelo legislador, se dermos uma ênfase especial em na palavra ORGANIZADA uma vez que a mesma é composta pelos fatores:

a) Capital = O Recurso, o dinheiro por exemplo, o patrimônio que foi integralizado e que pela empresa será adquirido futuramente.

b)Tecnologia =  Conceito com base na teoria marxista, pois o mesmo define que a tecnologia nada mais é do que os meios de produção ou de informação que o empregador/empresário  detém e que por meio deles  faz tudo acontecer.

c)Insumos = Tudo aquilo que é necessário para a produção, dai o nome por exemplo de insumos agrícolas, pois o fertilizante no caso é meio necessário para que haja a colheita isentando de pragas a plantação.

d)Mão de Obra = Contratação ou não de empregado; são aqueles que trabalham diretamente para exercer a atividade, ex = o metalúrgico.

 

Ora, se é necessária a Mão de obra para que seja ORGANIZADA, na minha opinião precisa sim da contratação de mão de obra, uma vez que não abrange apenas a mera relação de emprego, ou seja, patrão x empregado mas sim quem trabalha diretamente para a atividade, podendo ser o próprio empresário que m executa e por sua vez o dono dos insumos, da tecnologia e o capital, por exemplo, o dono de um carrinho de lanches, ele é a mão de obra(quem exerce), tem os insumos (carrinho), possui a tecnologia( fabricar do lanche ) e tem o capital, ou seja, o lucro assim como o investimento ( equipar o carro para isso ).

 

Ao contrário de meu pensamento, segundo Fabio Ulhoa Coelho:

 "O segundo aspecto do profissionalismo, é a pessoalidade. O empresário, no exercício da atividade empresarial, deve contratar empregados. São estes que materialmente falando produzem ou fazem circular bens ou serviços. O requisito da pessoalidade explica por que não é o empregado o empresário. Enquanto este último, na condição de profissional, exerce a sua atividade empresarial pessoalmente, os empregados, quando produzem ou circulam bens ou serviços, fazem-no em nome do empregador". Manual de Direito Comercial - Direito de empresa na pagina 32

 

Ora, sendo assim o próprio empresário não pode ser a própria mão de obra?

Fato que discordo, uma vez que há empresários individuais.

 

Jurisprudência:

Tratando-se de empresário individual, há a identificação entre a "empresa" (embora a palavra empresa signifique, a rigor, a atividade do empresário) e a pessoa física do empresário, tanto que este responde, ilimitadamente, pelas obrigações contraídas por aquela. Não há duas personalidades jurídicas distintas (exceto para fins fiscais), nem tampouco o destaque de um patrimônio próprio e específico para o exercício da empresa. O empresário individual é a pessoa física que desempenha, profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços (Código Civil, artigo 966, caput). Nesse passo, não se verifica a existência de óbice ao direcionamento da Ação de Execução contra a pessoa física do próprio empresário individual, na forma como pleiteado em sede recursal. RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70059019471, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Catarina Rita Krieger Martins, Julgado em 24/03/2014)

 

Processo:

AI 18023 SP 0018023-18.2013.4.03.0000

Relator(a):

DESEMBARGADOR FEDERAL ANDRE NABARRETE

Julgamento:

05/12/2013

Órgão Julgador:

QUARTA TURMA

Ementa

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO REFIONAL DE FARMACIA. ANUIDADE E MULTA. FIRMA INDIVIDUAL. CORRESPONSABILIDADE DO REPRESENTANTE LEGAL. PATRIMONIO QUE SE CONFUNDE. RECURSO PROVIDO.

- Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens e serviços (artigo 966 doCódigo Civil). A atividade empresarial pode ser exercida de forma individual (empresário individual, que assume os riscos e a condução da atividade) ou de forma societária (sociedade empresária, constituída por sócios). A sociedade empresária, uma vez registrada, adquire personalidade própria, passa a ser uma pessoa jurídica com patrimônio, obrigações e responsabilidades distintas das de seus sócios. Há separação patrimonial e o patrimônio da pessoa jurídica é que responde, em princípio, pelas dívidas. De outro lado, o empresário individual, embora inscrito no CNPJ, será sempre uma pessoa física para todos os efeitos, de sorte que seus bens particulares respondem pelas obrigações contraídas, uma vez que não há separação patrimonial. Assim, in casu, por ser a devedora empresa individual, a inclusão da pessoa física no polo passivo da execução fiscal é desnecessária, o que torna inútil o debate da questão à luz da responsabilidade ilimitada e objetiva, assim como dos artigos 1.157parágrafo único1.158§ 3º, do Código Civil124, inciso II, e 135 do CTN, 3º, § 2º, do Decreto-Lei n.º 3.708/19, 4º, inciso I, §§ 2º e 3º, da Lei n.º 6.830/80 e 568, incisos I e V, do CPC.

- Agravo de instrumento provido.

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