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Quais foram as influências do CPC/2015 na teoria das obrigações do direito brasileiro?

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Drielle Porto Marques

http://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/as-influencias-do-cpc2015-na-teoria-das-obrigacoes-do-direito-brasileiro

 

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Júnior Oliveira

O art. 1.068 do NCPC modificou a redação do art. 274 do CC, conforme disposto abaixo:

Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.

Art. 274.  O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.                  

A primeira parte do artigo não deixava dúvidas. No entanto, a parte final, dava margem à formação de dois entendimentos. A primeira corrente entendia que, em um dos credores vencendo a ação, a decisão afetaria os outros credores, exceto no caso do devedor ter alguma exceção pessoal a ser proferida em face de outro credor que não estivesse no processo.

Assim, o devedor não possuía métodos para se defender daquele credor que promoveu a demanda, instituindo-se o que chamava-se de regime da extensão da coisa julgada secundum eventum litis (os credores de fora do processo só poderiam ser beneficiados com a coisa julgada, nunca prejudicados).

O segundo ponto de vista se subdividia da seguinte forma:

1) se o juiz não aceitasse a defesa e se esta não tivesse natureza pessoal, a decisão beneficiaria a todos os credores;

2) se o juiz não aceitasse a defesa e se esta tivesse natureza pessoal, a decisão não afetaria o direito dos outros credores.

Didier solucionou a celeuma da seguinte forma: se um dos credores perde a ação, por motivo  comum ou pessoal, essa decisão não afeta aos demais credores, salvo se o devedor tiver exceção pessoal a ser oposta a credor de fora daquele processo, pois, em relação àquele que promoveu a demanda o devedor nada mais pode opor. (Art. 474 do CPC).

Com a mudança na redação do artigo, a ideia acima foi positivada e o mal entendido do texto resolvido.

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